quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desenhos feitos com os olhos

Desenhos industriais em CAD feitos com os olhos
Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/10/2011
Segundo seus criadores, a nova tecnologia de rastreamento dos olhos "quebra as rígidas distinções entre o humano e a máquina". [Imagem: Design Vision/Site Inovação Tecnológica]
Se você acha que o mouse, as interfaces hápticas ou mesmo a velha linha de comando restringe sua criatividade ao fazer um projeto CAD, a solução acaba de chegar.
Pesquisadores desenvolveram um sistema gratuito que permite que os projetos e desenhos industriais sejam feitos com os olhos.
Limites à criatividade
Os projetos auxiliados por computador, mais conhecidos como CAD (computer-aided design), vieram facilitar o trabalho dos desenhistas, aumentar sua produtividade e melhorar a qualidade dos projetos.
É claro que os programas de computador têm suas limitações, que são impostas aos desenhistas, eventualmente limitando em alguma medida sua liberdade de trabalhar.
E, em uma área cujo centro de atuação é a criatividade, o que um profissional menos quer é uma limitação à sua criatividade, por mais sutil que seja.
Segundo seus criadores, a nova tecnologia de rastreamento dos olhos "quebra as rígidas distinções entre o humano e a máquina".
Interface mais fluida
"O sistema de rastreamento dos olhos identifica a parte do rascunho em que o usuário está se concentrando, tornando a interface homem-máquina mais fluida. O resultado é uma sinergia entre a ingenuidade humana e a tecnologia digital das máquinas," apregoa o professor Steve Garner, da Universidade Aberta (The Open University).
Entusiasmos à parte, é fato que a criatividade sempre foi um elemento fundamental para o processo de design. E a nova interface representa um avanço real justamente na liberação da criatividade.
"Nós queremos criar sistemas de desenho digital que sejam eles próprios projetados em resposta às necessidades de projetistas reais," completa Alison McKay, da Universidade de Leeds.
Os pesquisadores afirmam que são saudosistas tentando voltar à época das pranchetas - mas não é porque a tecnologia digital é boa que ela não precise ser melhorada, afirmam.
CAD com os olhos
Em seu projeto Designing with Vision (projetando com a visão), os pesquisadores se concentraram no estágio inicial do processo de design, que envolve desenhar, visualizar, selecionar e manipular formas.
Designers que trabalham com formas tendem a começar intuitivamente em determinadas áreas dos esboços, usando-as como ponto de partida.
No entanto, este elemento de seleção subconsciente é difícil de replicar com o CAD, porque o pacote de software não é capaz de "ver" aquilo no que o projetista está prestando atenção.
Para reverter este quadro, os pesquisadores adicionaram uma tecnologia de rastreamento ocular a um sistema CAD, dando à tecnologia digital uma maior fluidez na interface homem-máquina.
O resultado é um sistema de desenho que pode identificar e selecionar formas automaticamente dentro de um esboço, de acordo com o olhar do designer, e sem perder nenhuma das ferramentas tradicionais do pacote de software.
A primeira versão do sistema está sendo disponibilizada gratuitamente no site do projeto, no endereço http://design.open.ac.uk/DV/.

Descrição do projeto (http://design.open.ac.uk/DV/)
Traduzido pelo Google
O design conceitual envolve a criação, exploração e desenvolvimento de alternativas de forma design. Designers usam tipicamente Desenho à mão livreesboçar para apoiar este processo, principalmente porque oferece ambigüidade e assim suporta a reinterpretação de formas que é fundamental para a exploração de forma eficaz e no desenvolvimento. Comercialmente disponíveis computer-aided design (CAD) sistemas são usados ​​durante o projeto detalhes e definiçãode design, mas eles não são bem adaptados para as atividades de projetoconceitual, porque o apoio que oferecem para a reinterpretação das formas é pobre. Pesquisas recentes têm explorado a possibilidade de fornecer suporte de informática para o projeto conceitual através da integração de gramática forma etecnologias de visão computacional. Os primeiros resultados são promissores, e um protótipo de pesquisa foi construído, mas a adoção precoce é limitada, em parte porque a sobrecarga de tempo e intelectual necessária para conduzir tais sistemas interfere com o fluxo criativo. Este projecto irá explorar o uso detecnologia de rastreamento ocular como um meio de proporcionar interações do usuário que permitem que os designers se concentrar em sua atividade de design,com o sistema de design como uma ferramenta que suporta sem perturbar o seufluxo criativo.


CRÔNICA SOBRE SURDEZ

CRÔNICA SOBRE SURDEZ
depoimento de uma leitora
“Hoje estou me sentindo muda. Muda por que acredito que todo mundo tem o direito de escolher o que quiser. Estou indignada por que muitas pessoas não entendem que quero ter o direito de escolher pra quem, onde e quando eu quero falar sobre a minha deficiência auditiva.
O que você acha? A maioria acha bobagem. Imagina, quando inicio uma conversa com alguém, meu marido ou alguém da minha família entra na conversa e diz: “ela não escuta direito, tá?”
Que coisaaa! Deixa que eu falo? Não fico brava, mas fico pensando que EU deveria falar, não é? Como acredito que quando convivemos com alguém temos que falar tudo o que gostamos e o que não gostamos, fui falar com toda a educação que eu preferiria falar e escolher o momento de falar da minha surdez.
Ahh… é pura frescura.”
NÃO acho frescura, estou pedindo respeito. Certo que talvez tenha perdido algumas coisas, passado por antepática, grosseira e sei lá mais o que… Mas o que adianta informar se algumas pessoas ainda acham que a gente está querendo chamar a atenção, que apenas escuto o que eu quero (essas piadinhas), ficam testando se a gente é surda mesmo. E também não quero sair por aí com uma faixa na testa: “Fale mais alto, desculpe não sou grossa, sou surda! Pô!”
É a minha vontade, acho que não é um defeito, mas apenas algo particular e quero escolher o momento e a pessoa que vai saber. Por favor, me digam que não sou uma antissocial (é assim na nova ortografia?) intragável.  Acredito que não!”
Querida leitora,
Eu sinto a sua dor! Demorei um bom tempo até aprender a me impor com as pessoas a respeito disso. Na verdade, onde eu mais me irritava era no trabalho – na família, graças a Deus, não passei por isso, mas, com alguns amigos, sim!! No trabalho, várias vezes (trabalho há quase 10 anos no mesmo lugar, e isso acontecia nos primeiros anos) eu estava atendendo normalmente uma pessoa, ouvindo e entendendo o que a mesma dizia, sem problema algum de comunicação, quando chegava uma colega por trás e dizia em alto e bom tom: “Ela não escuta, viu? É surda!”. O sangue fervia!! Se eu estivesse numa situação em que meu interlocutor estivesse repetindo várias vezes alguma coisa e eu não entendesse, até agradeceria a ‘ajuda’, mas, da forma como era feito, era um desrespeito tremendo SIM. E o pior era que sempre me aprontavam essa quando eu estava atendendo algum moço super bonito! Olha a maldade!Rsrsrsrs!! E a gente sente na hora se a energia é boa ou ruim, ou melhor dizendo, se a pessoa fez isso com boa intenção ou com a intenção de menosprezar você diante do outro. Não acho, de forma alguma, que alguém tenha o direito de anunciar a minha deficiência sem o meu consentimento – já comentei no blog uma vez que penso isso inclusive por questões de segurança.
Fora do trabalho, já passei por isso com algumas ‘amigas’ (muy amigas) também. E o engraçado é que as situações SEMPRE envolveram momentos em que eu estava num papo ótimo com algum moço interessante. E afirmo isso categoricamente porque já estive em situações em que as ‘amigas’ podiam me salvar – conversando com outras mulheres, por exemplo – porque eu não estava entendendo o que a pessoa me dizia, e não falaram nada!! Estranho, não? Me pergunto se não é uma atitude meio sádica de algumas pessoas, no seguinte sentido: você está se comunicando com alguém que não nota nenhum ‘defeito’ visível em você (alô, surdez, a deficiência invisível) e isso causa uma vontade incontrolável numa pessoa maldosinha de apontar o dedão bem na sua cara e mostrar “ô, seu burro, olha o defeitão que ela tem!”.
Bom, essa é a minha opinião, a respeito das situações que já vivi e costumo viver.
Nessas horas, temos obrigação moral de abrir a boca e informar que não queremos que tal fato se repita. Se você não fizer isso, pode ter certeza de que irá se repetir ad eternum. Mesmo que a família não faça por maldade, a verdade é que ela não tem que fazer. Somos nós que temos o direito/dever se fazer isso quando julgarmos necessário. Ou alguém sai anunciando todo dia por aí aos quatro ventos “oi, sou deficiente!”. Acho que não, né? É uma coisa tão, mas tão pessoal e íntima, que não acho que alguém além de mim possa usar essa informação quando bem entender. Exemplo: hoje, aqui no trabalho, atendi uma senhora muito querida. Quando pedi que ela assinasse um documento, a mesma me informou “sou analfabeta“. Que tipo de pessoa eu seria se saísse usando essa informação a respeito dela sem que a mesma me pedisse?

Fonte: email recebido do site livrariavirtual

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dicas úteis para fazer seu próprio resumo

Como fazer um resumo

Esse tipo de atividade raramente é explicada na escola, por isso muitos chegam à faculdade sem a menor noção sobre como extrair as idéias principais de um texto.
Antes de mais nada, vale dizer que um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma crítica, assim como a resenha o é (mais abaixo falamos em como fazer uma resenha); o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais importante em determinado texto.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
as partes essenciais do texto;
a progressão em que elas aparecem no texto;
a correlação entre cada uma das partes.
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das idéias.
Existem, segundo van Dijk & Kintsch (apud FONTANA, 1995, p.89), basicamente 3 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização e a construção.
Apagamento
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
Sendo essa a frase a ser resumida através do apagamento, poderia ficar assim:
O jardineiro trabalhava bem.
Cortamos os adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos a segunda. Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é porque arrumava jardins; a segunda informação é redundante.
Generalização
A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço.
As palavras em destaque são carnes. Então, o resumo da frase fica:
Pedro comeu carne no almoço.
Construção
A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno.
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese:
Maria fez um bolo.
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Como leitura adicional, recomendo o excelente livro de Maria Almira Soares, que se dedica exclusivamente a dotar o aluno de ferramentas teórico-práticas, úteis à elaboração de uma síntese ou resumo. Desde a primeira leitura geral do texto até as técnicas de simplificação, articulação e reformulação do discurso, a autora reúne um conjunto de etapas a serem acompanhadas pelo estudante. Trechos de textos literários e jornalísticos dão corpo a uma gama de exercícios de aplicação, indispensáveis à consolidação dos saberes nos domínios da escrita, da leitura e do funcionamento da língua.
Fontes:
Prática Textual: atividades de leitura e escrita / Vanilda Salton Köche, Odete Benetti Boff, Cinara Ferreira Pavani. — Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
Estratégias Eficazes para resumir. Chronos – Produção de textos científicos no ensino da língua portuguesa / Niura Maria Fontana. — Caxias do Sul: UCS, n.1, p.84-98, 1995.
Para entender o texto: leitura e redação / José Luiz Fiorin, Francisco Platão. — 10.ed. São Paulo: Ática, 1995.

Como fazer uma resenha

O que é e o que precisamos saber para escrever um texto desse tipo?
Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenha
As resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
1.    Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2.    Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3.    Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.    Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5.    Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.    Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7.    Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.    Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de ....... da Universidade de ............ (U....)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de ........ da Universidade de ....... (U.....)”.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!

Teremos enorme prazer em publica-las aqui desde que sejam referentes a inclusão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Palestra Comunicação Alternativa e Inclusão



Palestra Comunicação Alternativa e Inclusão na Universidade do Estado do Pará, em Belém (Brasil)
Em parceria com o NEDETA (Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade) da Universidade do Estado do Pará, o Centro de Formação da Imagina de Portugal está organizando a palestraComunicação Alternativa e Inclusão no próximo dia 10 novembro 2011, em Belém.
Confira os detalhes da sua realização e garanta o seu lugar, preenchendo a ficha de inscrição on-line.

As inscrições são gratuitas e limitadas!
Todos os participantes receberão um certificado internacional.

§  Local de realização: Auditório da Unidade Ambulatorial de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (UEAFTO) | CCBS (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde) | Universidade do Estado do Pará - Travessa Perebebuí, n.º 2623 (ao lado do Bosque) - Belém do Pará - Brasil
§  Data e horário: 10 novembro 2011 das 15:00h às 17:00h
Para mais informações, consulte a página da palestra e veja o folder informativo!



§  O que é software inclusivo?
§  Para que servem os símbolos?
§  Símbolos, imagens, fotos, som, voz - como usar estes recursos para construir materiais pedagógicos adaptados a cada usuário?
§  Como usar a comunicação alternativa?
Se trabalha com crianças, jovens ou adultos que precisam de uma atenção e/ou tratamento especial, esta palestra vai ajudá-lo a responder a estas e muitas outras questões. Participe!


Em caso de dúvidas, contate:
Patrícia Correia (diretora executiva da Imagina)    oficinas-br@cnotinfor.pt
Ana Irene Oliveira (TO e Psicóloga Coordenadora do NEDETA e Adapte Acessibilidade e Reabilitação, Ltda.)
adapteacessibilidade@gmail.com   Tel:             (91) 9902-2222      

     Distribuidor oficial do software Imagina no Brasil
CPTA - Centro Paulista de Tecnologia Assistiva
www.tecnologiaassistiva.net    contato@tecnologiaassistiva.net         Telefone:             (11) 2355-4196      


A triste realidade Brasileira

Folha de SP                                São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/images/opibar.gif


TENDÊNCIAS/DEBATES

Deficiente é a inclusão social

EDUARDO DE ALMEIDA CARNEIRO


Como as crianças deficientes podem ser educadas de modo adequado se há lacuna de educadores que respondam a suas necessidades específicas?



De acordo com o Censo 2000, 14,5% da população apresenta algum tipo de incapacidade ou deficiência física. Visto assim, como simples estatística, estamos diante de um número curto e frio.
Tão frio quanto ignorar que, na prática, estamos falando de um contingente de mais de 27 milhões de brasileiros! É como se a todos os cidadãos de toda a Grande São Paulo estivesse faltando um braço, uma perna. Ou os dois. Ou os quatro.
Como se nós vivêssemos em uma metrópole literalmente movida à cadeira de rodas. Mas ainda assim cidadãos, com todos os direitos -e deveres- iguais aos de qualquer pessoa que esteja lendo este artigo neste momento.
O Brasil é signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Mas nós, brasileiros, infelizmente ainda somos preconceituosos e hipócritas ao julgar (quem pode julgar?) o deficiente não pelo valor humano do seu olhar, mas pelas formas físicas que os diferem da média.
No "país do futuro", com uma das economias mais vibrantes e crescentes da atualidade, perde-se uma oportunidade astronômica de vencer barreiras e promover a inclusão social de gente com enorme vontade e capacidade de trabalhar, sustentar famílias, gerar renda, estudar e ser respeitada.
Ou seja, simplesmente participar e usufruir da sociedade. Sem dúvida os empregadores da iniciativa pública e privada estão se preocupando cada vez mais em promover ambientes de trabalho adaptados. Mas é o suficiente? Não.
Os olhares indiscretos dos colegas de escritório são muros de concreto intransponíveis.
E como elas chegam ao trabalho com tantas calçadas esburacadas, motoristas que não respeitam faixas de trânsito, transporte público adaptado incrivelmente escasso e passageiros sem a menor paciência para esperar o cadeirante se acomodar no ônibus ou no metrô?
Como as crianças deficientes podem ser educadas adequadamente com uma preocupante lacuna de educadores, despreparados para responder às suas necessidades específicas? Aliás, o que os engenheiros dos estádios da Copa de 2014 e das demais obras deste canteiro chamado Brasil estão preparando para os 27 milhões de torcedores?
Há 61 anos, a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), entidade sem fins lucrativos, com seus profissionais e voluntários, vem lutando para tratar, reabilitar e promover a inclusão social de pessoas com deficiência física.
Em 2010, conseguiu realizar 1.348.799 atendimentos, entre cirurgias, consultas, aulas e terapias.
Foram mais de 5.800 atendimentos diários, 6.451 cirurgias e 60.655 aparelhos ortopédicos fabricados e comercializados, que contribuíram para melhorar a qualidade de vida de milhares de deficientes físicos.
Graças à gestão profissionalizada e, principalmente, às doações do Teleton (campanha televisiva que será levada ao ar nos dias 21 e 22 de outubro pelo SBT e pela TV Cultura), mantém 12 unidades no Brasil.
Vitórias diárias, sabemos. Mas cujas medalhas da inclusão social e do fim do preconceito ainda esperamos receber.

EDUARDO DE ALMEIDA CARNEIRO é presidente voluntário da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). 





...e olhem só! o autor só fala da deficiência física e o que não diríamos das demais, intelectual, surdez, visual, TGD, etc.
Como transpor as barreiras, principalmente a atitudinal?? este é o maior desafio!!
O que você propõem? 
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