domingo, 28 de agosto de 2011

A Décima entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse

10 - Ofereça escolhas reais – e apenas as possíveis.

Não me dê escolhas ou me pergunte “você quer...?” ,a não ser que esteja disposta a ouvir “não” como resposta. “Não” pode ser minha resposta mais sincera para “você quer ler em voz alta agora?” ou “você que dividir as tintas com o William?”. É difícil para eu confiar em você quando escolhas não são realmente escolhas.
  •   Você não percebe a quantidade impressionante de opções que você tem diariamente. Você, constantemente, faz suas escolhas sabendo que, ter         opções e ser capaz de fazer escolhas, lhe dá controle sobre sua vida e sobre o futuro. Para mim, as opções são muito limitadas, e é por isso que é     difícil eu me sentir confiante/seguro. Me dar, constantemente ,opções para escolher , ajuda com que eu me torne mais  ativo e engajado no meu dia a     dia.
  • Sempre que possível ofereça uma escolha dentro de uma obrigação. Ao invés de dizer: “escreva seu nome e a data no início da folha”, diga: “você gostaria de escrever seu nome primeiro, ou gostaria de escrever a data primeiro?” ou “o que você gostaria de escrever primeiro, letras ou números?”.  Me mostrando, em seguida, “viu como o Jason está escrevendo o nome dele no papel?”.
  • Me dar escolhas, me ajuda a aprender comportamentos adequados , mas eu também  preciso entender que, em alguns momentos, você não poderá dá-las. Quando isso acontecer, eu não vou ficar tão frustrado se eu entender o motivo: “Eu não vou lhe dar escolhas nessa situação porque é perigoso e você poderá se ferir.“; "Eu não posso te dar opções porque isso seria ruim para o Danny” (afetaria negativamente outra criança); “Eu lhe dou muitas escolhas, mas agora é necessário que seja a escolha de uma adulto”
  
        Últimas palavras: ACREDITE. Hanry Ford (aquele do carro) disse, “Tudo que você pensa que pode, tudo que você pensa que não pode, você está geralmente certo.” Acredite que você pode fazer diferença para mim. Requer acomodação e adaptação, mas o autismo é uma deficiência ilimitada. Não existe nenhuma limitação inerente às conquistas. Eu consigo perceber muito mais do que me comunicar, e o principal é que eu consigo perceber se você acha que eu “posso conseguir”. Espere mais, e você terá mais de mim. Me encoraje a ser tudo que eu posso ser para que eu possa continuar o caminho mesmo depois de deixar sua sala de aula.  


Trecho traduzido do livro:
Ten things your student with autism wishes you knew.   
By Ellen Notbohm

sábado, 27 de agosto de 2011

A Nona entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse


9 -  Critique gentilmente.
 Seja honesto - o quanto você tolera críticas construtivas? A maturidade e autoconfiança para eu fazer isso podem estar anos luz das minhas habilidades nesse momento. Você não deve nunca corrigir-me? Claro que não. Mas faça isso com carinho, para que eu possa realmente te ouvir. 
  • Por favor! Nunca tente impor disciplina ou me corrigir quando eu estou com raiva, perturbado, retraído, ansioso, ou emocionalmente incapaz de interagir com você.
  • Novamente, lembre-se, eu vou reagir proporcionalmente, ou melhor, à qualidade da sua voz, mais do que às palavras. Eu vou ouvir os gritos e perceber que você está chateada, mas não vou ouvir as palavras e, por isso, não vou ser capaz de entender o que eu fiz de errado. Fale baixo e se abaixe também, para que você se comunique comigo na minha altura ao invés de gritar sobre mim.
  • Me ajude a entender meu comportamento inadequado me apoiando, tentando resolver o problema  e não me acusando. Me ajude a entender os sentimentos que desencadearam meu comportamento. Talvez eu diga que estava com raiva, mas na verdade eu estava com medo, frustrado, triste ou com ciúmes. Investigue além da minha primeira resposta.
  • Demonstre ou encene - me mostre uma maneira melhor de lidar com as situações da próxima vez. Histórias com fotos me ajudam. Esteja pronta para encenar muitas vezes comigo. E quando a oportunidade surgir, me lembre, imediatamente, de como devo agir.
  • Me ajuda muito quando o seu comportamento serve de modelo de como devo me comportar em relação às críticas. 





Trecho traduzido do livro:
Ten things your student with autism wishes you knew.   
By Ellen Notbohm

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Oitava entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse


8 -  Não faça de uma situação ruim ainda pior.
 Eu sei que, apesar de você ser um adulto, você pode tomar decisões ruins “no calor do momento”. Eu realmente não quero começar a chorar, me mostrar raivoso ou interroper sua aula. Você vai me ajudar a sair dessa situação mais rapidamente se não responder de forma inflamada. Fique ciente dessas respostas que prolongam meu desconforto ao invés de resolverem a crise.
  • Começar a falar alto.  Eu ouço os gritos, mas não as palavras.
  • Me imitar ou debochar de mim. Sarcasmo, insultos, ou xingamentos não irão fazer com que eu me comporte diferente por estar envergonhado.
  • Fazer falsas acusações.
  • Ter duas medidas.
  • Me comparar com meus irmãos ou com qualquer outro aluno.
  • Lembrar situações anteriores ou sem relação com o que está acontecendo.
  • Me generalizar. (“crianças como você, são todas iguais!”






Trecho traduzido do livro:
Ten things your student with autism wishes you knew.   
By Ellen Notbohm

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Da Terceira a Sétima entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse


3 - Procure por questões sensoriais em primeiro lugar.
Muitas dos meus comportamentos resistentes aparecem por causa de desconforto sensorial. Um exemplo são as luzes fluorescentes, que tem se mostrado ser, cada vez mais, um grande problema para crianças como eu. O barulho que elas produzem é extremamente incômodo para minha audição hipersensível, e os pulsos luminosos que elas emitem podem distorcer minha percepção visual, fazendo com que objetos na sala pareçam estar em constante movimento. Uma lâmpada incandescente na minha mesa irá reduzir a oscilação luminosa. Ou talvez eu precise sentar mais perto d você; eu não entendo o que esta sendo dito por que existe muito barulho ao redor – aquele cortador de grama do lado de fora, Jasmim sussurrando para Tânia, cadeiras sendo arrastadas, apontadores de lápis apontando...
Pergunte à Psicóloga da escola algumas idéias que ajudem o sistema sensorial. É bom para todas as crianças, não só para mim. 

4 - Me dê um intervalo, para permitir que eu me ajuste, antes que eu precise de um.
 Um cantinho silencioso e acarpetado de uma sala com algumas almofadas, livros e fones de ouvidos ajudam a me distanciar e a voltar a interagir quando eu me  sentir preparado, mas nada muito fisicamente distante que empeça que eu volte às atividades naturalmente.

5 - Me diga o que você quer que eu faça positivamente e não imperativamente.
“Você deixou uma bagunça na pia!” é meramente uma constatação de fatos para mim. Eu não sou capaz de deduzir que o que você realmente quis dizer foi: “por    favor, lave seus potes com tintas e coloque as toalhas de papel no lixo”. Não me faça adivinhar ou ter que deduzir o que eu deveria fazer.

6 - Tenha expectativas razoáveis.
Aquelas reuniões escolares com centenas de crianças amontoadas e alguém falando sobre a venda de balas são desconfortáveis e sem sentido para mim. Talvez, nesses momentos, eu fique melhor ajudando a secretária escolar com as circulares.

7 - Me ajude a mudar de atividades.
Eu demoro um pouquinho mais para sair de uma atividade para outra. Me avise cinco minutos antes e dois minutos antes da atividade ser trocada e planeje usar alguns minutinhos a mais para as atividades.  Um relógio ou um timmer  na minha mesa ajudam, dando uma medida visual do tempo que resta  antes da  próxima atividade. Isso me ajuda a administrar o tempo e as transições de forma mais independente.


 Trecho traduzido do livro:
Ten things your student with autism wishes you knew.   
By Ellen Notbohm


Uma mensagem dos surdos

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Segunda entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse


 2 - Nunca suponha.

Sem o respaldo de fatos supor é apenas um palpite. Talvez eu não conheça ou compreenda as regras. Eu posso ter ouvido as instruções, mas não tê-las entendido. Talvez eu soubesse ontem, mas não consiga reavê-las hoje. 

Pergunte a você mesma: Você tem certeza que eu sei fazer o que está sendo pedido? 
Se, de repente eu, corro para o banheiro toda vez que você me pedir para fazer um exercício de matemática, talvez eu não saiba fazê-lo e tenha medo que meus esforços não sejam suficientes. Fique comigo durante as varias repetições de uma atividade até eu me sentir competente. Talvez eu necessite praticar mais que outras crianças até conseguir fazer sozinho. 

Você tem certeza que eu realmente conheço as regras?  
Eu compreendo a razão para todas elas (segurança, economia, saúde)? Eu não estaria quebrando a regra por uma razão desconhecida? Talvez eu tenha tirado meu lanche da lancheira antes porque eu estava ansioso em terminar meu projeto de ciências, não tomei meu café da manhã e agora estou faminto. 


Trecho traduzido do livro:
Ten things your student with autism wishes you knew.   By Ellen Notbohm

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Primeira entre as Dez coisas que seu aluno autista gostaria que você soubesse

1 -  Comportamento é comunicação.

Todo comportamento acontece por uma razão. Ele lhe diz algo, mesmo quando minhas palavras não dizem, sobre como eu percebo o que está acontecendo ao meu redor.
Comportamentos inadequados e disruptivos atrapalham minha aprendizagem, mas, simplesmente, interromper esses comportamentos não é suficiente; me ensine a trocar meus comportamentos inadequados pelos adequados para que uma verdadeira aprendizagem possa fluir.
Comece acreditando que: Eu realmente quero prender a interagir apropriadamente. Nenhuma criança quer ser repreendida como sou quando me comporto mal.
Meus comportamentos disruptivos geralmente significam que eu estou desorientado por causa do meu sistema sensorial, não consigo dizer o que eu quero ou necessito, ou não entendo o que está sendo esperado de mim.
Olhe além do meu comportamento para encontrar a origem da minha resistência.
Faça anotações sobre o que aconteceu imediatamente antes do meu comportamento inadequado: as pessoas que estavam comigo, o momento do dia, as atividades, o lugar. Com o tempo, poderá emergir um padrão. 

Trecho traduzido do livro: 
Ten things your student with autism wishes you knew.   
By Ellen Notbohm

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bases da inclusão social e escolar


O que é inclusão?
Entenda as bases da inclusão social e escolar e evite confusões em matéria de inclusão de pessoas com deficiência.
Incluir do Lat. Includere; verbo transitivo direto compreender, abranger; conter em si, envolver, implicar; inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros; pertencer juntamente com outros.
No bom e velho "Aurélio", o verbo incluir apresenta vários significados, todos eles com o sentido de algo ou alguém inserido entre outras coisas ou pessoas. Em nenhum momento essa definição pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou.
Quando falamos de uma sociedade inclusiva, pensamos naquela que valoriza a diversidade humana e fortalece a aceitação das diferenças individuais. É dentro dela que aprendemos a conviver, a contribuir e construir juntos um mundo de oportunidades reais (não obrigatoriamente iguais) para todos.
Isso implica numa sociedade onde cada um é responsável pela qualidade de vida do outro, mesmo quando esse outro é muito diferente de nós.
Inclusão ou integração?
Semanticamente incluir e integrar tem significados muito parecidos, o que faz com que muitas pessoas utilizem esses verbos indistintamente. No entanto, nos movimentos sociais inclusão e integração representam filosofias totalmente diferentes, ainda que tenham objetivos aparentemente iguais, ou seja, a inserção de pessoas com deficiência na sociedade.
Os mal-entendidos sobre o tema começam justamente aí. As pessoas usam o termo inclusão quando, na verdade, estão pensando em integração.
Quais são as principais diferenças entre inclusão e integração? O conteúdo das definições do quadro abaixo é de autoria de Claudia Werneck, extraído do primeiro volume do Manual do Mídia Legal:
Inclusão: a inserção é total e incondicional (crianças com deficiência não precisam "se preparar" para ir à escola regular)
Integração: a inserção é parcial e condicional (crianças "se preparam" em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares)
Inclusão: exige rupturas nos sistemas
Integração: Pede concessões aos sistemas
Inclusão: mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa (não se sabe quem "ganha" mais; TODAS ganham);
Integração: Mudanças visando prioritariamente a pessoas com deficiência (consolida a idéia de que elas "ganham" mais)
Inclusão: exige transformações profundas
Integração: contenta-se com transformações superficiais
Inclusão: sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de TODOS
Integração: pessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes
Inclusão: defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiência
Integração: Defende o direito de pessoas com deficiência
Inclusão: traz para dentro dos sistemas os grupos de "excluídos" e, paralelamente, transforma esses sistemas para que se tornem de qualidade para TODOS
Integração: Insere nos sistemas os grupos de "excluídos que provarem estar aptos" (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como promotoras da inclusão)
Inclusão: o adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade para TODAS as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho inclusivo, lazer inclusivo etc)
Integração: O adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas estruturas que atendem apenas as pessoas com deficiência consideradas aptas (escola integradora, empresa integradora etc)
Inclusão: valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas com deficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser carinhosos etc);
Integração: Como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo (exemplos: surdos se concentram melhor; cegos são excelentes massagistas)
Inclusão: Não quer disfarçar as limitações, porque elas são reais
Integração: Tende a disfarçar as limitações para aumentar a possibilidade de inserção
Inclusão: Não se caracteriza apenas pela presença de pessoas com e sem deficiência em um mesmo ambiente
Integração: A presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo ambiente tende a ser suficiente para o uso do adjetivo integrador
A escola e a inclusão
Os objetivos tradicionais na educação de pessoas com necessidades educativas específicas, ainda se orientam por conseguir alcançar comportamentos sociais controlados, quando deveriam ter como objetivo que essas pessoas adquirissem cultura suficiente para que pudessem conduzir sua própria vida. Ainda vivemos em um modelo assistencial e dependente quando a meta da inclusão é o modelo competencial e autônomo.
O pensamento pedagógico dos profissionais, é que "as crianças com necessidades educativas específicas são os únicos responsáveis (culpados) por seus problemas de aprendizagem (às vezes esse sentimento se estende aos pais), mas raras vezes questionam o sistema escolar e a sociedade... o fracasso na aprendizagem deve-se às próprias crianças com deficiência e não ao sistema, pensa-se que são eles e não a escola quem tem que mudar." (Melero, Miguel Lopez - Diversidade e Cultura: uma escola sem exclusões. Universidade de Málaga. Espanha. 2002)
É um modelo baseado no déficit, que destaca mais o que a criança não sabe fazer do que aquilo que ela pode realmente fazer. Assim, esse modelo se centra na necessidade do especialista, e se busca um modo terapêutico de intervir, como se a resolução dos problemas da diversidade estivesse sujeita à formação de especialistas que se fazem profissionais da deficiência.
Essa escola seletiva valoriza mais a capacidade dos que os processos; os agrupamentos homogêneos do que os heterogêneos; a competitividade do que a cooperação; o individualismo do que a aprendizagem solidária; os modelos fechados, rígidos e inflexíveis do que os projetos educativos abertos, compreensivos e transformadores; apóia-se em desenvolver habilidades e destrezas e não conteúdos culturais e vivenciais como instrumentos para adquirir e desenvolver estratégias que lhes permitam resolver os problemas da vida cotidiana.
Essa postura é um problema ideológico, por que o que se esconde atrás dessa atitude é a não-aceitação da diversidade como valor humano e a perpetuação das diferenças entre os alunos, ressaltando que essas diferenças são insuperáveis.
A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo subverte essa lógica e pretende, em primeiro lugar, estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver problemas da vida cotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça. Às vezes, essas oportunidades lhes serão dadas, mas, na maioria das vezes, terão que ser construídas e, nessa construção, as pessoas com deficiência têm que participar ativamente.
Esta incompreensão da cultura da diversidade implica em que os profissionais pensem que os processos de integração estavam destinados a melhorar a "educação especial" e não a educação em geral. Encontramo-nos em um momento de crise, por que os velhos parâmetros estão agonizando e os novos ainda não terminaram de emergir. Penso que a cultura da diversidade está colocando contra a parede o fim de uma época (o ocaso da modernidade?) educativa.
A cultura da diversidade vai nos permitir construir uma escola de qualidade, uma didática de qualidade e profissionais de qualidade. Todos teremos de aprender a "ensinar a aprender". A cultura da diversidade é um processo de aprendizagem permanente, onde TODOS devemos aprender a compartilhar novos significados e novos comportamentos de relações entre as pessoas. A cultura da diversidade é uma nova maneira de educar que parte do respeito à diversidade como valor.
Adiron 14/07/2004

domingo, 21 de agosto de 2011

Brincando com as palavras


Brincando com as palavras
Na proposição abaixo analise o uso disjunção exclusiva ou inclusiva.
Qual motivo de ser uma e não outra??
Sou amigo de Antônio ou sou amigo de Oswaldo.
Sou amigo de Natália ou não sou amigo de Antônio.
Sou amigo de Carla ou não sou amigo de Oswaldo.
Ora, não sou amigo de Carla. 
Assim,
A) não sou amigo de Natália e sou amigo de Antônio.
B) não sou amigo de Carla e não sou amigo de Natália.
C) sou amigo de Natália e amigo de Antônio.
D) sou amigo de Oswaldo e amigo de Natália.
E) sou amigo de Oswaldo e não sou amigo de Carla.

Pensou na resposta? Não sabe? Tens dúvida?
Veja a melhor resposta - Escolhida

É o "ou" exclusivo. Ou sou amigo de "fulano" ou sou amigo de "ciclano".
Se fosse ou inclusivo, a última frase entraria em contradição, quando é dito: "Ora, não sou amigo de Carla".
Então, na frase anterior, usando o "ou" inclusivo temos: "Sou amigo de Carla OU (E) não sou amigo de Oswaldo".
Ora, como posso dizer que "não sou amigo de Carla", e depois dizer que "SOU AMIGO DE CARLA E NÃO SOU AMIGO DE OSWALDO" ???? Portanto, é ou EXCLUSIVO.
Assim, seguindo o raciocínio temos:
NÃO SOU AMIGO DE CARLA, logo, pela proposição anterior, tenho a obrigação de NÃO ser amigo de Oswaldo.
Voltando na primeira frase do exercício, temos:
"Sou amigo de Antônio ou sou amigo de Oswaldo". Bom, já concluímos que NÃO sou amigo de Oswaldo, ENTÃO, sou amigo de Antônio.
Por fim: "Sou amigo de Natália ou NÃO SOU AMIGO DE ANTÔNIO.
Como sou amigo de Antônio, ENTÃO, tenho obrigação de ser amigo de Natália.
Então, SOU AMIGO DE NATÁLIA e SOU AMIGO DE ANTÔNIO. ALTERNATIVA "C".

Outra forma de responder...
O segredo para resolver este tipo de problema e começar do fim para o começo. Lá no final tem:
Não é amigo de Carla, logo não é amigo de Oswaldo como não é amigo de Oswaldo (veja lá no início), sou amigo de Antônio, como sou amigo de Antônio, logo sou amigo de Natália.
Veja que sou amigo de Antônio e de Natália, logo resposta "C"

Por que brincamos com as palavras? Para começar a refletir...
Reconhecer e respeitar as diferenças
Numa sociedade em que a padronização é a ordem do dia, ser inclusivo significa não perder o brilho nos olhos, que só aqueles que lutam contra a maré possuem.
Ser inclusivo significa saber reconhecer as diferenças e as limitações humanas independentemente das limitações. Ser inclusivo significa se reconhecer no outro.
SER INCLUSIVO É ...
Reconhecer que antes de amar livros inclusivos, é preciso admitir o quão cegos somos em nossa limitada visão.
Saber que existem aqueles que usam sentidos ocultos muito mais refinados para observar e perceber realmente toda a beleza contida no mundo e representada pelo ser humano nas suas manifestações artísticas, culturais e científicas.
Ser inclusivo é experimentar a livre observação e a livre escolha para enxergar o semelhante e as suas manifestações com o olhar puro de uma criança aprendiz.
O ser humano que não ousar sair do estereótipo jamais será livre para aprender verdadeiramente a ser e a amar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Grupo de Pesquisa Viver Diferente, mas não desigual solidariza com a ANEI


A ANEI - Associação Nacional de Educadores Inclusivos, recém criada em agosto/2011, é uma sociedade civil, de duração indeterminada, sem fins lucrativos, de direito privado, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira, de caráter representativo, cooperativado, associativista, assistencial, social e cultural, que tem sede Nacional e administração geral na cidade de Brasília/DF, com Representações Estaduais e sucursais nos municípios; e atuação em todo o território nacional, podendo estabelecer agências, escritórios, produtos e serviços em qualquer localidade, dentro e fora do território nacional.
É representada ativa e passivamente, em juízo ou fora dele por seu Presidente ou outro Diretor indicado pelo Conselho Deliberativo.

Seus Objetivos:
Reunir profissionais das diversas áreas da Educação Inclusiva para:
                      I.    promover o bem-estar dos seus associados;
                    II.    prestar assistência profissional e social aos associados;
   III.    incentivar as atividades associativistas, assistencialistas e cooperativistas;
              IV.        estabelecer intercâmbio, convênio, acordo e cooperação com outras instituições congêneres, visando o bem-estar de seus associados;
                   V.        desenvolver projetos inovadores, por demandas identificadas, em prol dos associados e de suas comunidades;
            VI.        formar recursos humanos em áreas e conteúdos voltados para a educação inclusiva;
                 VII.        realizar eventos, por demandas identificadas bem como seminários, congressos, conferências, reuniões, oficinas de trabalho e/ou quaisquer outra atividade de aprimoramento profissional;
               VIII.    firmar convênios, contratos, ajustes e outros instrumentos de gestão com instituições congêneres, com vistas a realização de estudos, pesquisas, desenvolvimento de tecnologias inovadoras e alternativas, hardware e software, que contribuam para a educação inclusiva.
                  IX.     assessorar organismos sociais envolvidos na execução de programas voltados para a educação inclusiva;
     X.     implementar, com parcerias apropriadas,  políticas de  geração de trabalho, renda, formação e aperfeiçoamento profissional de pessoas com necessidades específicas e em vulnerabilidade social.

Quem pode associar-se: todas as pessoas que atuam na Educação Inclusiva.
Diretoria provisória (por 6 meses):
Diretor-Presidente:  Franclin Costa do Nascimento,
Vice-presidente: Cleonice ... Pellegrini,
Secretária-Geral:  Neide Samico...,
Secretária-Geral Substituta:  Virley Santos...,
Tesoureira: Alline de Paula Germano Lopes, 
Vice-Tesoureira: Emille Souza, brasileira,
Diretor Administrativo: Aleksandro Azevedo,
Diretora de Projetos e Desenvolvimento Institucional: Sandra ...Ungar,
Diretora de Marketing e de Relações Empresariais: Sinara Pollom Zardo.

PARABÉNS E SUCESSO A TODOS E TODAS !!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais

COMPORTAMENTO
Em homenagem ao Dia dos Pais: Meu filho, meu herói
Experiências de paulistanos que são pais de crianças com deficiência
Mauricio Xavier | 17.08.2011
Por volta das 9 da manhã do dia 29 de novembro de 2004, o desenhista Flavio Soares chegou ao Hospital e Maternidade Modelo Tamandaré, na Liberdade, para aguardar o nascimento de seu primeiro filho, Logan. Cerca de cinco horas depois, viveria um dos momentos mais desesperadores de sua vida ao ser chamado a um canto do corredor por uma pediatra para receber a notícia de que a criança tinha síndrome de Down. “Foi, possivelmente, a única vez em que perdi totalmente o controle do meu corpo, tremi da cabeça aos pés e chorei muito”, lembra.
Àquela altura, não fazia a menor ideia do que era a doença e sentia um medo enorme do futuro. Essa sensação foi esquecida há muito tempo. Hoje, ele mantém um blog com dicas para pais que enfrentam a mesma situação e publica na internet a tira “A Vida com Logan”, retratando passagens do cotidiano com o menino de 6 anos. O trabalho foi recentemente indicado a uma das categorias da edição 2011 do troféu HQMIX, o prêmio mais importante do mercado brasileiro de história em quadrinhos (o resultado sai em setembro). “Chega uma hora em que os problemas ficam em segundo plano e você se concentra nas necessidades da criança e no potencial que ela pode desenvolver”, diz Soares.
Essa é uma história recorrente entre as centenas de homens que têm filhos com deficiência em São Paulo. O drama inicial é substituído, aos poucos, pela constatação de que alguns obstáculos e dificuldades são bem menores do que os pais haviam imaginado a princípio. “Eles percorrem o que chamamos de ‘cinco fases do luto’: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação”, explica a psicóloga Iracema Madaleno, da Associação de Assistência à Criança Deficiente. “O tempo necessário para atingir o fim desse ciclo varia de pessoa para pessoa, mas todos acabam chegando lá.”
São pais que orientam, apoiam e vibram com as conquistas de seus rebentos. Aliás, como qualquer outro pai que comemora seu dia neste domingo (14). “Não vejo meus garotos como deficientes, eles são iguais aos outros, o tratamento é o mesmo”, afirma o vendedor Luis Fernando de Noronha, que cuida de um casal de gêmeos de 7 anos: Juliana, que tem má-formação da coluna, e Fernando, com paralisia cerebral.
Apesar das dificuldades, os pequenos, muitas vezes, acabam se tornando guias de seus tutores. “Ele me transformou em uma pessoa melhor”, garante o empresário Helton Diaquison de Araujo, referindo-se a Arthur, de 4 anos, portador de uma atrofia muscular espinhal. “Já aprendi com ele muito mais do que eu seria capaz de ensinar.”
Em um levantamento de 2008, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida estimou que cerca de 1,1 milhão de paulistanos, ou 10,9% dos habitantes da metrópole, possuem alguma restrição física, motora, intelectual ou sensorial. Em estudo de 2003, o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas concluiu que os casos mais agudos representariam 2,5% da população brasileira. Com base nesse índice, o contingente na capital seria de aproximadamente 280.000 pessoas. 

Conheça, sete aventuras desses pequenos heróis, narradas por seus fiéis escudeiros.

Discurso e Shakespeare
“No fim do 1º ano do ensino fundamental, Samuel foi eleito orador da formatura de sua turma. O bacana é que a escolha não veio por caridade, mas porque ele havia sido o aluno da classe a se alfabetizar mais cedo ao longo do ano. Fiquei duplamente orgulhoso. Como qualquer outro pai, cobro dele que leve a sério a escola e se concentre nas atividades. A diferença é que ele precisa se esforçar um pouco mais que os outros. Por isso, cada avanço tem um significado especial. Claro... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-sindrome-de-down)
Ela quer ser a pediatra da família
“Júlia foi uma criança muito desejada. Eu estava casado havia três anos, com a vida estabilizada, e planejamos bastante sua chegada. No ultrassom morfológico da 25ª semana de gestação, surgiu a possibilidade de ela ter a síndrome de Vater, uma anomalia que pode afetar a coluna, os rins, o coração e outros órgãos. Foi um baque. Você nunca imagina seu filho com uma deficiência. Ainda mais uma doença com nome estranho, que eu não conhecia: pensei que ela ficaria na cama para sempre. Acabou sendo um alívio ver... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-sindrome-de-vater)
Luzes em meio à escuridão total
“Às vezes, em casa, fecho os olhos por alguns minutos para tentar me colocar na mesma situação do Bruno, e não consigo fazer nada. Fico impressionado como ele vive dessa forma. Há uns dias, passei por uma experiência curiosa na fábrica onde eu trabalho. Faltou luz na hora do jantar e os outros funcionários ficaram nervosos porque não enxergavam. Nessas horas eu penso: ‘Esse menino é um herói mesmo’. Só descobrimos o problema na visão quando ele tinha 1 ano de idade. Na hora, a gente não queria... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-cegueira)
Fôlego inesgotável
“João Pedro nasceu prematuro, aos sete meses de gestação. Tivemos de fazer o parto após ser detectada uma inflamação do músculo do seu coração. Ele chegou com 1,7 quilo e, logo em seguida, perdeu muita água, ficou com quase metade do peso. Com 10 dias de vida, teve uma parada cardíaca que durou quarenta minutos, entre idas e vindas. O problema deixou como sequela a paralisia cerebral. Como eu era leigo no assunto, fui tocando um dia depois do outro, descobrindo na prática o que era isso e... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-paralisia-cerebral)
Os gêmeos do garrafão
“Eu engravidei minha namorada (hoje mulher, Ana Paula) e já no primeiro mês veio a notícia de que eram gêmeos. Na 20ª semana, fui informado da hidrocefalia de Juliana. Logo após o nascimento, soube também que ela sofria de mielomeningocele, má-formação da coluna vertebral. Como se não bastasse, aos 9 meses descobri que Fernando tinha paralisia cerebral. Eu não acreditei. Mas, por causa de todo o sofrimento anterior, estava treinado. Não bateu nenhuma tristeza diferente. Nada. Era só mais uma novidade. E mais um problema para ser tratado.... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-gemeos)
Dois craques nos pincéis
“Digo para todo mundo e não sou hipócrita de negar: nos dois primeiros dias após o nascimento, eu mal conseguia olhar para Logan. Tive uma rejeição muito forte, por não saber o que estava acontecendo. Alguns médicos passam os prognósticos mais pessimistas: ‘Não espere muito, a expectativa de vida é pequena’. Dão o pior cenário possível, você desmonta de vez. No terceiro dia, cheguei ao hospital e meu único pensamento era levá-lo embora para casa. Tive um período de luto e depois decidi tocar o barco, começando a... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-sindrome-de-down-ilustrador)
No cinema e na praia
“Eu era casado havia cinco anos quando descobri que não podíamos ter filhos. Fizemos uma fertilização e a gestação foi tranquila. Arthur nasceu com poucos movimentos nos membros, o único reflexo era no olhar e na sucção. Foram solicitados exames neurológicos, mas pensamos que ele só tomaria um remédio, algo assim. No terceiro mês, Arthur foi internado com um quadro de pneumonia. Quando cheguei ao hospital, fui informado de que meu filho possuía a síndrome de Werdnig-Hoffmann (atrofia muscular espinhal), uma doença degenerativa, grave e rara transmitida de... » Leia mais (http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2230/dia-dos-pais-sindrome-de-werdnig-hoffmann)
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/especiais/dia-dos-pais-criancas-com-deficiencia, acesso em 14/08/2011.

sábado, 13 de agosto de 2011

Gaúchos dão exemplo

Gaúchos dão exemplo criando Manual de Redação Inclusiva

Uma criação da Assembléia Legislativa
Vejam Abaixo...

MÍDIA INCLUSIVA
O conceito de inclusão vem da ideia de que as pessoas nascem com
diferenças que se acentuam e se modificam. Não há diferenças melhores ou
diferenças piores. O que há é a diversidade humana. O uso de termos
adequados para a referência a pessoas com deficiência é fundamental para
não perpetuar conceitos equivocados ou obsoletos. O presente manual traz
dicas para qualificar a comunicação do Legislativo no que se refere à
abordagem da inclusão e das pessoas com deficiência.
Os termos portador de deficiência, portador de necessidades
especiais (PNE) e pessoa portadora de deficiência (PPD) não são os mais
adequados. No lugar deles, recomenda-se usar "pessoa com deficiência" ou
"PcD". A sigla PcD é invariável. Por exemplo: a PcD, as PcD, da PcD, das
PcD. Devemos, porém, evitar o uso de siglas para nos referirmos a seres
humanos. Também ao desdobrar a sigla, tenha cuidado com o plural:
pessoas com deficiência (e não pessoas com deficiências) – a não ser que
elas tenham, de fato, múltipla deficiência).
- Podemos usar "que tem deficiência" ou "que nasceu com deficiência".
- Ter uma deficiência não é o mesmo que estar doente, nem é sinônimo de
ineficiência.
- Preocupados em não discriminar, muitos profissionais de comunicação
superestimam as pessoas com deficiência. É importante manter em vista
que pessoas com deficiência continuam sendo, antes de tudo, pessoas.
Portanto, existem as más e as boas, as trabalhadoras e as preguiçosas, as
honestas e as desonestas.
- Não tenha receio em usar a palavra "deficiência". As deficiências são reais
e não há por que disfarçá-las.
- Também os termos "cegueira" e "surdez" podem ser usados.
- Entreviste as próprias pessoas com deficiência, não seus acompanhantes
ou especialistas.
- Evite explorar a imagem do coitadinho, da tragédia, da desgraça.
- Fuja da palavra "especial". Ela foi usada durante muito tempo como um
eufemismo, para "compensar" a deficiência. Ainda é usada quando se refere
à educação (necessidades educacionais especiais), mas, mesmo aí, é
preferível dizer "necessidades específicas".
- Tome cuidado com histórias de superação, heroísmo. Tente mostrar o
personagem como uma pessoa qualquer, use uma abordagem positiva, mas
sem ser piegas.
- Não reforce estereótipos como, por exemplo, trabalhadores com
deficiência são melhores e mais esforçados do que os trabalhadores sem
deficiência, chegam na hora, não faltam; pessoas com síndrome de Down
são anjos, ingênuos e carinhosos; funcionários cegos têm muita
sensibilidade etc.)

CUIDADO COM A CONOTAÇÃO
1. "Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'A pessoa com deficiência não
pode ser um ótimo aluno'. O mais apropriado seria: "Ele tem deficiência e é
um ótimo aluno."
2. "Ela é cega, mas mora sozinha."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'Todo cego não é capaz de
morar sozinho'. Em vez disso, diga: "Ela é cega e mora sozinha."
3. "Ela foi vítima de paralisia infantil."
Esta pessoa "teve poliomielite", "teve pólio" ou "teve paralisia infantil".
Enquanto estiver viva, ela tem sequela de poliomielite. A palavra "vítima"
provoca sentimento de piedade.
4. "Ela teve paralisia cerebral." (referindo-se a uma pessoa viva no presente)
A paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. Portanto, "ela
tem paralisia cerebral".
5. O epilético, o deficiente, o paralisado cerebral.
Em vez de "epilético", "deficiente" e "paralisado", use "pessoa com
epilepsia", "pessoa que tem epilepsia", "pessoa com deficiência", "pessoa
com paralisia cerebral". Prefira sempre destacar a palavra "pessoa", pois a
sua omissão pode fazer a pessoa inteira parecer deficiente.
6. - Não use para se referir a pessoas ou deficiências os termos ou
expressões defeituosa, excepcional, doença, erro genético, paralítico,
ceguinho, mudo, mongoloide, retardado, mutação, sofrer, anomalia,
problema, preso ou condenado a uma cadeira de rodas.

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sábado, 6 de agosto de 2011

Novidades...

Proposta prevê ensino a distância para aluno deficiente

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 508/11, do Senado, que assegura o acesso escolar ao aluno cuja deficiência o impede de frequentar estabelecimentos de ensino. A proposta prevê atendimento educacional em local especial, recursos pedagógicos de educação a distância e outros que se utilizem da internet.

O autor, ex-senador Augusto Botelho (RR), ressalta que a deficiência pode impedir que o estudante se desloque para as escolas especiais, o que cercearia seu acesso à educação.

Lei atual
O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/96) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm). A lei estabelece que o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante diversas garantias, entre elas o atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.

A lei também obriga os sistemas de ensino a assegurar aos alunos com necessidades especiais, entre outros pontos:
- currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Disponível em http://www.educacaoadistancia.blog.br/proposta-preve-ensino-a-distancia-para-aluno-deficiente/ acesso em 05/08/2011

Proposta na íntegra: http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=493068



05/08/2011 15:31
Bibliotecas podem ser obrigadas a ter acervo para deficientes visuais
Gustavo Lima



Prado: a falta de acesso a meios escritos pode causar constrangimento a deficientes visuais.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 674/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que obriga as bibliotecas que integram o Sistema de Bibliotecas Públicas a viabilizar o acesso de pessoas com deficiência visual aos livros didáticos utilizados nos ensinos fundamental e médio.

O acesso poderá ser assegurado pela inclusão, no acervo, de exemplares editados em braile ou gravados em suportes de gravação digital, para empréstimo; pela veiculação de exemplares virtuais na internet, acessíveis por meio de programas sintetizadores de voz; audiolivros; ou qualquer alternativa que se mostre viável.

Convênios
Para atender à exigência, as bibliotecas poderão contar com a colaboração técnica e financeira de entidade pública ou privada, ou ainda firmar convênios ou instrumentos congêneres.

O autor da proposta argumenta que a impossibilidade de acesso direto aos meios de comunicação escrita e a outras formas de comunicação visual “pode causar sofrimento, restrições e constrangimentos” às pessoas com deficiência visual. “É preciso romper com os grandes obstáculos à formação educacional, profissional e cultural.”

Tramitação
O projeto tramita apensado ao PL 7699/06, do Senado, que institui o Estatuto do Portador de Deficiência, já foi analisado pelas comissões permanentes e está pronto para ser votado pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=494391