sábado, 2 de junho de 2012

Câmara dos deputados: Retrocesso para a Inclusão


Metas educacionais voltam a apoiar classes só para deficientes
Novo texto do Plano Nacional de Educação prevê o atendimento em casos que a inclusão não funcionar, polêmica entre educadores
Priscilla Borges, iG Brasília | 02/06/2012 07:00:49
O Plano Nacional de Educação (PNE) ganhou metas diferentes das propostas pelo Ministério da Educação no Congresso Nacional. Se o texto for aprovado como está, as classes exclusivas para estudantes deficientes voltarão a receber estímulo. A definição contraria as políticas mais recentes do ministério, que defende a inclusão desses alunos em escolas convencionais.
Este mês: Votação do Plano Nacional da Educação começa em 12 de junho 
Expectativa: Mercadante espera que comissão da Câmara aprove PNE ainda este mês 

A mudança na redação original do PNE, proposta pelo relator do projeto na Câmara dos Deputados, Ângelo Vanhoni (PT-PR), causou polêmica entre especialistas na última semana. E representou alívio para muitas famílias e representantes de entidades que cuidam de espaços de atendimento específico para deficientes.
Foto: Alan Sampaio
Novo texto do PNE reforça papel de escolas exclusivas para deficientes, como o Centro de Ensino Especial nº 1 de Brasília
Para o MEC, as crianças com deficiências ou transtornos globais de desenvolvimento devem estudar em escolas públicas convencionais. Os colégios têm de se adequar às necessidades dos alunos e dar a eles a chance de conviver com pessoas sem deficiência. A inclusão, na opinião dos gestores e corroborada por muitos especialistas, promove o fim do preconceito e crescimento dos estudantes.
O texto apresentado por Vanhoni aos parlamentares, que votarão a proposta no dia 12 de junho, abre possibilidades diferentes. Define, na meta 4, que será objetivo do País atender esses alunos, de preferência, na rede regular de ensino. Porém, “garantindo o atendimento educacional especializado em classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível sua integração nas classes comuns”.
Na opinião do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que faz parte do movimento das Apaes há 30 anos, o relatório, agora, “contempla o anseio da sociedade”. Para ele, a decisão “muito técnica” do MEC foi superada por uma “decisão política de governo”.
Mais opções
“Somos a favor da coexistência dos dois tipos de escola para a ampliação das oportunidades educacionais para muitas crianças que não recebem atendimento adequado em escolas regulares”, comenta Sandra Marinho Costa, secretária-executiva e procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), entidade que atende pessoas excepcionais.
Sandra conta que 250 mil pessoas são atendidas pelas Apaes em todo o Brasil. Muitas delas, ela diz, tentaram se manter em escolas convencionais, mas não tiveram sucesso. “Fazer matrícula e ir para a escola é uma coisa. Estar incluído é outra bem diferente. Há pessoas com comprometimentos tão sérios que não conseguem receber atenção adequada e terminam isoladas nesses ambientes”, diz.
A representante de uma das associações que mais trabalhou, nos bastidores, para convencer o deputado Vanhoni de que a mudança na meta de número 4 do PNE era importante garante que a defesa das Apaes é por um sistema inclusivo de educação. Segundo Sandra, as famílias têm de ter opções. “E há crianças que, após um atendimento especializado, são plenamente capazes de frequentar escolas regulares e aprender. Outras não”, ressalta.
Sabine Antonialli Arena Vergamini, diretora de Unidade Socioeducacional do Centro de Educação para Surdos Rio Branco, em São Paulo, também critica a ideia de que as escolas regulares fazem inclusão. “Divisão do espaço físico não significa incluir. Para 99% dos surdos, uma escola só deles é muito melhor”, afirma. Na escola que coordena, Sabine conta que as crianças são alfabetizadas, primeiro, na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A língua portuguesa é ensinada como uma segunda língua. As famílias são incluídas no processo.
Mantida pela Fundação Rotariana de São Paulo, a escola só atendia crianças carentes até bem pouco tempo. Por conta da demanda, eles decidiram abrir algumas vagas para famílias que podem pagar uma mensalidade: um aluno por cada classe. As turmas têm, no máximo, 10 crianças e as atividades ocorrem em período integral.
 Ambientes para poucos
Os centros especializados em educação especial não são numerosos no Brasil. No ano passado, de acordo com o Censo Escolar 2011, eles atendiam apenas 0,38% dos 50,9 milhões de estudantes da educação básica. A maior parte dessas matrículas está em colégios da rede privada. São 130 mil alunos em classes especiais ou escolas exclusivas particulares.
Com a política de inclusão definida pelo MEC, o número de estudantes nesses ambientes específicos é bem menor hoje do que no passado. Em 2007, havia 224 mil alunos em salas ou escolas exclusivas da rede privada. No mesmo ano, a rede pública tinha 124 mil alunos na mesma condição. Hoje, eles somam apenas 63 mil. Em classes comuns da rede pública, há 558 mil estudantes especiais. Nos colégios privados, eles são apenas 32 mil.
Veja também:
O Centro de Ensino Especial nº 1 de Brasília é uma das exceções de atendimento especializado da rede pública. Possui 150 funcionários, que atendem 311 alunos com mais de 14 anos. Tânia Guimarães, de 51 anos, é uma das mais antigas estudantes matriculadas no colégio. Está lá há 38 anos. “A idade cronológica deles não é a mesma da idade mental e isso precisa ser considerado”, diz a supervisora pedagógica da escola, Claudia Garcia.
A proposta pedagógica do CEE 1 de Brasília não é como a de uma escola convencional. Não há um currículo obrigatório a ser superado por todos os alunos. “Aqui, as possibilidades de cada um são analisadas por equipe multiprofissional. Nosso objetivo não é pensar nos limites, mas nas potencialidades deles. Para muitos, a missão é socializá-los, dar autonomia para atividades práticas do dia a dia”, conta Adriana Cruz, diretora do centro.
Dos 311 estudantes, 121 estão matriculados em escolas regulares e só realizam atividades complementares nos ambientes da escola.
Retrocesso
Para Claudia Gabrois, do movimento Inclusão Já, a nova definição da meta é um retrocesso. “Ela fere preceitos constitucionais. As pessoas com deficiência têm o direito à educação em escolas regulares. Se existem recursos nas escolas especiais, eles podem estar dentro das escolas comuns. Essas pessoas não podem ser segregadas da sociedade”, defende.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também defendeu a inclusão. Para ele, foram as políticas inclusivas que aumentaram a presença de pessoas com deficiência nas redes de ensino. “A escola de atendimento especial é um direito, sim, mas para ser exercido de forma complementar e não excludente”, afirmou.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Programa de computador ajuda criança com dislexia


21/04/2012 - 09h00
Programa de computador ajuda criança com dislexia
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1079387-programa-de-computador-ajuda-crianca-com-dislexia.shtml
por MARÍLIA ROCHA DE CAMPINAS

Um programa para ajudar crianças com dislexia a melhorar o desempenho em leitura e escrita foi desenvolvido por uma pesquisadora da Unicamp e poderá ser usado em sala de aula. O objetivo é estimular a relação entre sons, imagens e palavras.

A dislexia é um transtorno de aprendizagem causado por dificuldade acima do comum para ler e escrever. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, até 7% das crianças em idade escolar têm o transtorno.

Em sua tese de doutorado, a fonoaudióloga Cintia Alves Salgado Azoni formulou um software e desenvolveu o que chamou de Prefon (Programa de Remediação Fonológica).

Participaram da pesquisa 62 crianças, divididas em três grupos: 17 diagnosticadas com dislexia fizeram as atividades do programa; outras 14 com o transtorno não fizeram e 31 sem o problema serviram como grupo-controle.

Após seis meses de sessões semanais, as que utilizaram o Prefon mostraram mais rapidez para nomear cores ou imagens (o tempo caiu de um minuto e meio para 40 segundos, em média) e melhora no nível de leitura.

"No início, algumas crianças dos dois grupos com dislexia só reconheciam as letras, sem conseguir juntá-las. Depois de passar pelo programa, houve quem passou a ler, enquanto algumas das que não participaram da intervenção ainda estavam apenas reconhecendo letras", conta Azoni.

Segundo ela, depois das pesquisas as outras 14 crianças com dislexia também tiveram acesso ao programa.

Os exercícios do software não chegam a exigir escrita das crianças, mas envolvem atividades que são pré-requisitos para a alfabetização.

Diante de imagens de cor vermelha, amarela, verde e azul, por exemplo, uma criança sem dislexia pode levar 30 segundos para falar os nomes de cada uma em sequência. Com dislexia, o tempo pode dobrar, e os erros são mais frequentes (como chamar vermelho de verde).

"Não é só isso que mostra dislexia, mas se a criança segue com muitas dificuldades nessa área, ou não consegue identificar rimas ou guardar a ordem de sons de uma palavra, terá maiores problemas para se alfabetizar", disse a pesquisadora.

"Com o software, as crianças se mostraram mais motivadas, e o trabalho do profissional pode ser agilizado."

ESTÍMULO

Para Cinthia Wilmers de Sá, fonoaudióloga da Associação Brasileira de Dislexia, ferramentas como esse software têm papel fundamental na melhoria das habilidades da criança.

"Ninguém deixa de ser disléxico, mas pode desenvolver estratégias que vão dar a essa pessoa uma condição plena de vida de acordo com o estímulo que recebe", disse.

"Numa era em que tecnologia é preponderante, com certeza essa ferramenta [o Prefon] pode trazer maior interesse e estímulo às habilidades das crianças, mas não se deve restringir o trabalho só ao computador", avalia Sá.


Para saber mais... 
visite  http://ensinandoeaprendendoemsaladerecursos.blogspot.com.br/2012/04/software-melhora-leitura-e-escrita-de.html




Problema, que envolve dificuldade acima do normal para ler e escrever, pode afetar até 7% das crianças


MARÍLIA ROCHA (em http://www.jornalpequeno.com.br/2012/4/23/pesquisa-da-unicamp-usa-imagens-e-palavras-na-tela-para-treinar-reconhecimento-do-194864.htm)


Um programa para ajudar crianças com dislexia a melhorar o desempenho em leitura e escrita foi desenvolvido por uma pesquisadora da Unicamp e poderá ser usado em sala de aula. O objetivo é estimular a relação entre sons, imagens e palavras.


A dislexia é um transtorno de aprendizagem causado por dificuldade acima do comum para ler e escrever. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, até 7% das crianças em idade escolar têm o transtorno.


Em sua tese de doutorado, a fonoaudióloga Cintia Alves Salgado Azoni formulou um software e desenvolveu o que chamou de Prefon (Programa de Remediação Fonológica).


Participaram da pesquisa 62 crianças, divididas em três grupos: 17 diagnosticadas com dislexia fizeram as atividades do programa; outras 14 com o transtorno não fizeram e 31 sem o problema serviram como grupo-controle.


Após seis meses de sessões semanais, as que utilizaram o Prefon mostraram mais rapidez para nomear cores ou imagens (o tempo caiu de um minuto e meio para 40 segundos, em média) e melhora no nível de leitura.


'No início, algumas crianças dos dois grupos com dislexia só reconheciam as letras, sem conseguir juntá-las. Depois de passar pelo programa, houve quem passou a ler, enquanto algumas das que não participaram da intervenção ainda estavam apenas reconhecendo letras', conta Azoni.


Segundo ela, depois das pesquisas as outras 14 crianças com dislexia também tiveram acesso ao programa. Os exercícios do software não chegam a exigir escrita das crianças, mas envolvem atividades que são pré-requisitos para a alfabetização.


Diante de imagens de cor vermelha, amarela, verde e azul, por exemplo, uma criança sem dislexia pode levar 30 segundos para falar os nomes de cada uma em sequência. Com dislexia, o tempo pode dobrar, e os erros são mais frequentes (como chamar vermelho de verde).


'Não é só isso que mostra dislexia, mas se a criança segue com muitas dificuldades nessa área, ou não consegue identificar rimas ou guardar a ordem de sons de uma palavra, terá maiores problemas para se alfabetizar', disse a pesquisadora.


'Com o software, as crianças se mostraram mais motivadas, e o trabalho do profissional pode ser agilizado.'


ESTÍMULO – Para Cinthia Wilmers de Sá, fonoaudióloga da Associação Brasileira de Dislexia, ferramentas como esse software têm papel fundamental na melhoria das habilidades da criança.


'Ninguém deixa de ser disléxico, mas pode desenvolver estratégias que vão dar a essa pessoa uma condição plena de vida de acordo com o estímulo que recebe', disse.


'Numa era em que tecnologia é preponderante, com certeza essa ferramenta [o Prefon] pode trazer maior interesse e estímulo às habilidades das crianças, mas não se deve restringir o trabalho só ao computador', avalia Sá.


PERGUNTAS E RESPOSTAS


A DISLEXIA É UMA DOENÇA?


A dislexia não é considerada uma doença. As pessoas com dislexia apresentam um funcionamento peculiar do cérebro para os processamentos linguísticos relacionados com leitura. O disléxico tem dificuldade em associar o símbolo gráfico, as letras, com o som que elas representam, e organizá-los, mentalmente, numa sequência temporal. É uma dificuldade de linguagem inesperada, pois não está relacionada com problemas visuais, auditivos, lesões neurológicas, atraso, problemas psicológicos e sócio culturais.


COM QUE IDADE PODE SER FEITO UM DIAGNÓSTICO DE DISLEXIA? QUAIS OS PROFISSIONAIS QUE FAZEM ESSE DIAGNÓSTICO?


Podemos suspeitar a presença da dislexia desde cedo, principalmente na época da alfabetização, quando a leitura e escrita são formalmente apresentadas à criança. Um diagnóstico mais precisa é feito a partir do 2º ano, após dois anos de aprendizagem da leitura. Mas havendo sinais de dificuldades nas áreas de linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado antes mesmo da alfabetização.


Os profissionais que podem realizar este diagnóstico são os Terapeutas da Fala trabalhando conjuntamente com os psicólogos especializados no assunto. Quando necessário, podem ser solicitados exames complementares (neurológico, neuropsicológico, processamento auditivo central, neuroftalmológico).


TODA A PESSOA DISLÉXICA TEM SEMPRE PROBLEMAS NA LEITURA?


O que caracteriza a dislexia é a dificuldade para descodificar os símbolos escritos e reconhecer imediatamente as palavras, tendo como consequência dificuldades na compreensão dos textos.


EXISTEM SINTOMAS ANTES DA IDADE ESCOLAR?


Alguns sintomas podem ser observados desde cedo, como dificuldades para se expressar oralmente, dificuldades em identificar rimas e sons nas palavras, compreender o que é falado, dificuldades na orientação de espaço e tempo.


Treinamento Linguístico


Veja como é o programa de computador usado contra a dislexia


NOMEAÇÃO RÁPIDA


São apresentadas diversas figuras ou cores de uma vez, e a criança tem que falar o nome de cada uma em sequencia rápida (ex: casa, coração, bicicleta, copo).


CONSCIENCIA FONOLÓGICA


São apresentadas três figuras, sendo que duas delas rimam e a terceira não (ex: coração, avião e sapato). As crianças devem identificar as que rimam.


MEMÓRIA FONOLOGICA


O programa mostra uma 'não palavra', formada por sílabas aleatórias (ex: ranomi). A criança tem que guardar rapidamente a ordem dos sons e repetir em voz alta.


MELHORAS


Com sessões semanais de 45 minutos, durante 6 meses, as crianças com dislexia apresentaram melhora nos três itens e demonstraram mais interesse pela leitura.


segunda-feira, 26 de março de 2012

02/04 - Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo



O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela ONU em dezembro de 2007, que definiu a data de 2 de abril como marco da mobilização mundial para mostrar que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão humanas quanto todos.
Autismo é uma palavra desconhecida para muitos. Dessa forma o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo busca esclarecer o que vem a ser o Autismo e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico e da intervenção precoce.


autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade decomunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento(TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive developmental disorder (PDD)

Para saber mais acesse... http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo 

Características do autismo


 Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com  autismo usualmente exibem pelo menos metade das  características listadas a seguir:
  1.  Dificuldade de relacionamento com outras pessoas
  2.  Riso inapropriado
  3.  Pouco ou nenhum contato visual
  4.  Aparente insensibilidade à dor
  5.  Preferência pela solidão; modos arredios
  6.  Rotação de objetos
  7.  Inapropriada fixação em objetos
  8.  Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
  9.  Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
  10.  Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
  11.  Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo)
  12.  Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares)
  13.  Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
  14.  Recusa colo ou afagos
  15.  Age como se estivesse surdo
  16.  Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
  17.  Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
  18.  Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos
Observação: É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Adicionalmente, as alterações dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas para sua idade. Vale salientar também que a ocorrência desses sintomas não é determinista no diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.


Mobilize-se

- Imprima e distribua na escola a revista em quadrinhos "Um amiguinho diferente", disponível para download aqui;
- Peça para que a escola estimule os pais e os professores a acessarem websites sobre o tema, como: Associação  de Amigos do Autista (www.ama.org.br ), o web site oficial do World Autism Awareness Day  ou o website www.mundoasperger.com.br;
- imprima e distribua o texto elaborado "02 de abril - Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo", disponível para download aqui;

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Internacional da Síndrome de Down

O "Dia Internacional da Síndrome de Down" ou "International Down Syndrome Day" é uma comemoração proposta para 21 de março pelo geneticista suíço, Stylianos E. Antonarakis, que foi aceita pela Federação Internacional de Organizações de Síndrome de Down ou "International federation of Down Syndrome organizations" e que foi ratificada pela ONU [Organização das Nações Unidas em sua 89ª sessão de 19 de dezembro de 2011], além de oficializada entre outros nos Estados brasileiros do Ceará [Lei Nº 14.658 de 14 de abril de 2010], Rio Grande do Norte [Lei Nº 9.500 de 8 de julho de 2011] e Santa Catarina [Lei Nº 15.529 de 27 de julho de 2011], em alusão aos três cromossomos no par de número 21 [21/3], cuja anomalia é característica marcante na genética de pessoas acometidas com a "Síndrome de Down" e cuja celebração é conhecida em português de Portugal como o "Dia Internacional da Trissomia 21").

sábado, 7 de janeiro de 2012

Corrida de Reis 2012 - ainda há descriminação e preconceito!?

Corrida de Reis 2012 conta com nova disposição de categorias



Fonte: http://www.diariodeubirata.com.br/esportes--mt-e-brasil/21547-corrida-de-reis-2012-conta-com-nova-disposicao-de-categorias-por-idade

 A 28ª edição da Corrida de Reis que acontece em Cuiabá, no dia 8 de janeiro de 2012, conta com uma novidade para os atletas participantes da prova, que é a nova disposição das idades na categoria Atletas Geral. Com a mudança, a prova deixa de ter as 20 faixas etárias das edições anteriores e passa a ter 23, sendo 12 delas masculinas e 11 femininas.

 A mudança no regulamento da prova não altera as categorias 'Atletas com necessidades especiais' e 'Elite', que permanecem da mesma forma que nos anos anteriores, sendo que os atletas com necessidades especiais se subdividem em cadeirantes, deficientes visuais e deficientes físicos.

 O coordenador do evento, Fernando Barros, disse ao GLOBOESPORTE.COM que as novas categorias por idade adotadas este ano se devem, sobretudo, a uma norma da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

 - Nossa mudança foi atendendo a exigência da Norma 07 da confederação. Nela fica determinado que a partir dos 30 anos o intervalo entre as faixas etárias tem que ser menor. Então criamos três novas faixas etárias para nos adequarmos – disse o coordenador.

 A partir da edição 2012 da corrida, as categorias masculinas serão divididas da seguinte forma: dos 18 aos 35 anos, as faixas etárias são divididas de seis em seis anos. Já a partir dos 36 aos 75 anos, o intervalo será de cinco em cinco, além da faixa etária para atletas com idade superior aos 76 anos.

 Entre as mulheres, a situação é diferente. Dos 18 aos 35 anos, as faixas etárias têm um intervalo de seis anos. Dos 36 aos 70 anos, elas caem para um intervalo de cinco anos. Na categoria feminina, a última faixa etária é das atletas com idade acima dos 71 anos.


UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

A maior corrida de rua do centro-oeste brasileiro – Corrida de Reis – aconteceu no dia 10 de janeiro de 2010, nas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso. A Corrida de Reis é organizada pela TV Centro América (afiliada Rede Globo).

A prova tem um percurso de 10 quilômetros, com largada próximo a Ponte Sérgio Mota, em Várzea Grande e chegada na Praça das Bandeiras, em Cuiabá.

Para 2010, os organizadores contaram com a participação de 10.000 atletas de Mato Grosso, de outros estados brasileiros e até do exterior. O que atrai tantos corredores são a organização e a premiação, uma das maiores do Brasil. São dois carros zero quilômetro além da premiação em dinheiro.

Também são premiados com medalhas os três primeiros colocados de cada categoria (definida pela faixa etária). Ao todo, a XXVI Corrida de Reis tem 20 categorias, sendo dez no masculino e dez no feminino.

Para facilitar a organização e agilizar na hora de definir a colocação e o tempo dos atletas, a Corrida de Reis utiliza o chip eletrônico, equipamento colocado no tênis dos corredores e que registra a classificação no momento da chegada. O aparelho também evita fraudes no meio do percurso.

NOSSA OPINIÃO (VIVERDIFERENTE)

A inclusão tem avançado no que se refere as novas regras e normas da corrida, no entanto, a premiação oferecida demonstra que a desigualdade preconceituosa e descriminatória continua existindo e desvalorizando aqueles que apresentam alguma deficiência. Por que a premiação dos deficientes é inferior aos dos demais corredores?

HISTÓRIA DA PROVA

A Corrida de Reis foi realizada pela primeira vez em 1.985, organizada pela TV Centro América. O nome da prova surgiu em homenagem aos 3 Reis Magos (data religiosa comemorada no dia 6 de janeiro) e reunia nos primeiros anos da competição, uma média de 200 a 300 corredores – a maioria atletas de Mato Grosso.

Com o passar dos anos, a Corrida de Reis foi crescendo dentro do Estado e ganhando reconhecimento e espaço no calendário de atletismo na região Centro-Oeste e hoje, em nível nacional.

Hoje, vinte e seis anos depois da primeira prova, a Corrida de Reis é a prova de rua mais importante do Centro-oeste, reunindo atletas de nível nacional e internacional. A participação de corredores de vários estados brasileiros elevou o nível técnico da competição.

Quando a TV Centro América começou a premiar em dinheiro os três primeiros colocados, o número de inscrições aumentou ainda mais. Em 1.995, a prova bateu o recorde de inscritos, cerca de 2.000 corredores, 900 a mais que em 94. Desde 1.997, o número de inscritos foi fixado em 3 mil participantes, em 2005 e 2006 o número de participantes foi de 5.000 atletas, em 2007 o número de inscritos foi para 6.000 atletas, em 2008, 7.500 participantes e a partir de 2009, 10.000 inscritos são inscritos na prova.

A primeira Corrida de Reis realizada em 1.985, teve como vencedor Juarez Sabino e Jorilda Sabino. Na época, Jorilda tinha 14 anos e foi considerada a Cinderela Descalça, pois corria sem tênis. Atualmente, Jorilda Sabino ao lado da prima Nadir Sabino e de Viviane Anderson detêm o título de tetracampeãs da prova. No masculino o mineiro Amauri Ribeiro, e Daniel Lopes  detêm o título de tetracampeões da prova.

Um dos momentos mais delicados é a largada, que requer cuidado dos atletas profissionais que corriam ao lado dos amadores. Para evitar tumulto, a organização criou o pelotão de elite, formado pelos corredores melhores colocados na Corrida de Reis e nas provas de nível nacional.
A partir de 97, o pelotão de elite passou a ser composto por 100 atletas, 70 no masculino e 30 no feminino. 

Para 2009, serão 150 corredores na elite, sendo formado pelos 100 melhores colocados no masculino e 50 no feminino (da XXIV Corrida de Reis 2008), mais 50 atletas que comprovarem ter participado em outras corridas de nível nacional e internacional em 2008/2009 e ter se classificado entre os 10 primeiros colocados.

O PERCURSO

A Corrida de Reis tem um percurso de 10 quilômetros. A largada é próximo a Ponte Sérgio Motta, em Várzea Grande acompanhando o seguinte trajeto: Av. Beira Rio, Av. Tenente Coronel Duarte com chegada na Av. Historiador Rubens de Mendonça, em frente à Praça das Bandeiras. 

Em 25 anos de prova, o percurso da Corrida de Reis teve poucas mudanças. A primeira ocorreu em 1989. A linha de chegada que ficava na avenida do CPA, antes do viaduto da Miguel Sutil, passou para a avenida Marechal Deodoro no ano de 2004, em frente à TV Centro América, posteriormente teve sua chegada na avenida Mato Grosso e para 2009 a chegará será na Av. Historiador Rubens de Mendonça, em frente à Praça das Bandeiras. 

A largada também teve uma alteração, agora com a saída próximo a ponte Sérgio Mota.

No total, os corredores vão percorrer cinco avenidas. A primeira é a Av. Dr. Paraná, em Várzea Grande, depois de cruzarem a ponte Sérgio Mota, os corredores entram na avenida Beira Rio e em seguida na Ten. Coronel Duarte, conhecida como Prainha e daí seguem em frente pela Av. Historiador Rubens de Mendonça, onde estará a faixa de chegada.

PREMIAÇÃO

A premiação é uma das maiores das provas de rua do Brasil distribuída da seguinte forma:

CLASSIFICAÇÃO GERAL: 

     Masculino/Feminino
          1.º Lugar - Troféu + 1 carro 0Km
          2.º Lugar - Troféu + R$ 4.000,00 
          3.º Lugar - Troféu + R$ 2.500,00 
          4.º Lugar - Troféu + R$ 1.500,00 
          5.º Lugar - Troféu + R$ 1.000,00 

CLASSIFICAÇÃO - Categoria Especial

     Cadeirantes (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

     Deficiente Visual (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

     Deficiente Físico (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

PREMIAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA

Serão premiados os três primeiros lugares de cada faixa etária com medalhas. Além da premiação por medalhas, somente o primeiro colocado de cada faixa etária será premiado com a quantia de R$150,00, conforme abaixo:

Atletas masculinos
     A - entre 18 e 19 anos (1990 a 1991)
     B - entre 20 e 29 anos (1980 a 1989)
     C - entre 30 e 39 anos (1970 a 1979)
     D - entre 40 e 44 anos (1965 a 1969)
     E - entre 45 e 49 anos (1960 a 1964)
     F - entre 50 e 54 anos (1955 a 1959)
     G - entre 55 e 59 anos (1950 a 1954)
     H - entre 60 e 64 anos (1945 a 1965)
     I -  entre 65 e 75 anos (1934 a 1944)
     J - mais de 75 anos (nascidos até 1934) 

Atletas femininos
     K - entre 18 e 19 anos (1990 a 1991)
     L - entre 20 e 29 anos (1980 a 1989)
     M - entre 30 e 34 anos (1975 a 1979)
     N - entre 35 e 39 anos (1970 a 1974)
     O - entre 40 e 44 anos (1965 a 1969)
     P - entre 45 e 49 anos (1960 a 1964)
     Q - entre 50 e 54 anos (1955 a 1959)
     R - entre 55 e 59 anos (1950 a 1954)
     S - entre 60 e 69 anos (1940 a 1949)
     T - mais de 70 anos (nascidos até 1939)

TECNOLOGIA

A cada ano, a prova e a organização vêm se superando. A grande novidade foi o uso do chip eletrônico, que é instalado pela mesma equipe que trabalha na São Silvestre, Meia Maratona do Rio, Meia Maratona Internacional de São Paulo. 

Com o chip magnético, é possível agilizar a computação das informações para a classificação do atleta. O chip armazena todas as informações do atleta e evita fraudes e também dá o tempo de cada corredor.

CAMPEÕES

Conheça abaixo todos os campeões da Corrida de Reis:

     1985 – Jorilda Sabino e Juarez Sabino
     1986 – Jorilda Sabino e Tadeu Dias
     1987 – Jorilda Sabino e Amauri Ribeiro
     1988 – Jorilda Sabino e Amauri Ribeiro
     1989 – Nadir Sabino e Airton Miro
     1990 – Nadir Sabino e Amauri Ribeiro
     1991 – Cleuza Irineu e Amauri Ribeiro
     1992 – Nadir Sabino e João Neto
     1993 – Solange Cordeiro e João Neto
     1994 – Cleuza Irineu e João Neto
     1995 – Viviane de Oliveira e Tomix Alves
     1996 – Nadir Sabino e Daniel Lopes
     1997 – Viviane de Oliveira e Ronaldo da Costa
     1998 – Viviane de Oliveira e Adalberto Garcia
     1999 – Viviane de Oliveira e Valdenor dos Santos
     2000 – Fabiana Silva e Daniel Lopes
     2001 – Márcia Narloch e Daniel Lopes
     2002 – Maria Zeferina Baldaia e Valdenor Pereira dos Santos 
     2003 – Fabiana Cristine da Silva e Daniel Lopes
     2004 – Deborah Mengich e Benson Cherono
     2005 – Nadir Sabino e Rômulo Wagner da Silva
     2006 – Margaret Karie Toroitich e Rômulo Wagner da Silva
     2007 – Lucélia de Oliveira Peres e Clodoaldo Gomes da Silva
     2008 – Alice Jemeli Timbilili e Franck Caldeira
     2009 – Marco Joseph e Nancy Jepkosgei Kipron
     2010 – Marco Joseph e Kiproech Pasalia Chepkorir

RECORDES

Antes de oficializar a prova, o recordista da Corrida de Reis era Amauri Ribeiro com o tempo de 27’11”. No feminino o recorde da prova era de Viviane Oliveira, que em 95 fez o tempo de 34’28”.
Hoje, depois de oficializada pela Confederação Brasileira de Atletismo, em 97, a Corrida de Reis tem como recordista no masculino Valdenor Pereira dos Santos com o tempo de 29’29”(em 2002). No feminino, o recorde é de Maria Zeferina Baldaia, com o tempo de 34’15”(em 2002).
    
Mais informações:
corridadereis@tvca.com.br | (65) 3614-1790

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dia Mundial do Braille.





DIA MUNDIAL DO BRAILLE


O sistema Braille é utilizado por pessoas cegas para lerem e escreverem.



     Louis Braille



 Nome completo: Louis Braille

 Nascimento: 4 de Janeiro de 1809

 Coupvray, Île-de-France
 França
 Morte: 6 de janeiro de 1852 (43 anos)
 Paris, Île-de-France
 França
 Conhecido(a) por Criador do sistema de leitura para cegos Braille



Louis Braille (Coupvray, 4 de Janeiro de 1809 - Paris, 6 de Janeiro de 1852) foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille. 



Biografia

Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
 "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa.
Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças.
Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado.
Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon. 

O código Braille 
O nome "Louis Braille" em braille.Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras freqüentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
a  b  c  d  e  f  g  h  i  j
 As primeiras dez letras só usam os pontos das duas fileiras de cima. Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais,  precedidos pelo sinal de número, especial.
k  l  m  n  o  p  q  r  s  t
 As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada  uma das dez primeiras letras
u  v  x  y  z
 As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção porque foi acrescentada  posteriormente ao alfabeto francês.
As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais.
Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender.
Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.
O braille por extenso, ou grau um, só utiliza os sinais que representam o alfabeto e a pontuação, os números e alguns poucos sinais especiais de composição que são especifíos do sistema. Corresponde letra por letra, à impressão visual que é observável num texto comum. Este grau é o mais fácil de se aprender, visto que há menos sinais para memorizar. Por outro lado, o braille grau um é o mais lento para ser transcrito e lido, e o produto final, impresso, é mais volumoso. Visto que a maioria do braille produzido hoje é transcrito e produzido por voluntários, em organizações não lucrativas, o grau um é usado raramente.
O braille grau dois é uma forma mais abreviada do braille. Por exemplo, em inglês, cada um dos 26 sinais que representam o alfabeto têm um significado duplo. Se o sinal é usado em combinação com outros padrões dentro de uma palavra, representa apenas uma letra, mas se estiver isolado representa uma palavra comum. Isto ocorre similarmente no braille português. Assim, por exemplo, o sinal para n isolado representa não, abx representa abaixo, abt, absoluto, ag, alguém, e assim por diante. Outros sinais são empregues para representar prefixos e sufixos comuns. O uso de contracções e abreviaturas reduz bastante o tempo envolvido em transcrever e ler a matéria, bem como o tamanho do volume acabado. Actualmente, portanto, este é o grau mais comum do braille. Em contrapartida, é mais difícil aprender o braille abreviado grau dois. É necessário memorizar todos os 63 sinais diferentes (a maioria dos quais tem mais de um significado, dependendo de como são usados), mas também é preciso aprender o conjunto de regras necessárias que governam quando cada sinal pode ou não ser usado.
O grau três é uma forma de braille altamente abreviada, especialmente usada em inglês. No grau três há várias contracções e abreviaturas a memorizar, e as regras que governam o seu uso são correspondentemente difíceis. O braille grau três é usualmente utilizado em anotações científicas ou em outras matérias muito técnicas. Visto que bem poucos cegos conseguem ler este grau de braille, não é usado com frequência.
O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical.
O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.