sábado, 7 de janeiro de 2012

Corrida de Reis 2012 - ainda há descriminação e preconceito!?

Corrida de Reis 2012 conta com nova disposição de categorias



Fonte: http://www.diariodeubirata.com.br/esportes--mt-e-brasil/21547-corrida-de-reis-2012-conta-com-nova-disposicao-de-categorias-por-idade

 A 28ª edição da Corrida de Reis que acontece em Cuiabá, no dia 8 de janeiro de 2012, conta com uma novidade para os atletas participantes da prova, que é a nova disposição das idades na categoria Atletas Geral. Com a mudança, a prova deixa de ter as 20 faixas etárias das edições anteriores e passa a ter 23, sendo 12 delas masculinas e 11 femininas.

 A mudança no regulamento da prova não altera as categorias 'Atletas com necessidades especiais' e 'Elite', que permanecem da mesma forma que nos anos anteriores, sendo que os atletas com necessidades especiais se subdividem em cadeirantes, deficientes visuais e deficientes físicos.

 O coordenador do evento, Fernando Barros, disse ao GLOBOESPORTE.COM que as novas categorias por idade adotadas este ano se devem, sobretudo, a uma norma da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

 - Nossa mudança foi atendendo a exigência da Norma 07 da confederação. Nela fica determinado que a partir dos 30 anos o intervalo entre as faixas etárias tem que ser menor. Então criamos três novas faixas etárias para nos adequarmos – disse o coordenador.

 A partir da edição 2012 da corrida, as categorias masculinas serão divididas da seguinte forma: dos 18 aos 35 anos, as faixas etárias são divididas de seis em seis anos. Já a partir dos 36 aos 75 anos, o intervalo será de cinco em cinco, além da faixa etária para atletas com idade superior aos 76 anos.

 Entre as mulheres, a situação é diferente. Dos 18 aos 35 anos, as faixas etárias têm um intervalo de seis anos. Dos 36 aos 70 anos, elas caem para um intervalo de cinco anos. Na categoria feminina, a última faixa etária é das atletas com idade acima dos 71 anos.


UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

A maior corrida de rua do centro-oeste brasileiro – Corrida de Reis – aconteceu no dia 10 de janeiro de 2010, nas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso. A Corrida de Reis é organizada pela TV Centro América (afiliada Rede Globo).

A prova tem um percurso de 10 quilômetros, com largada próximo a Ponte Sérgio Mota, em Várzea Grande e chegada na Praça das Bandeiras, em Cuiabá.

Para 2010, os organizadores contaram com a participação de 10.000 atletas de Mato Grosso, de outros estados brasileiros e até do exterior. O que atrai tantos corredores são a organização e a premiação, uma das maiores do Brasil. São dois carros zero quilômetro além da premiação em dinheiro.

Também são premiados com medalhas os três primeiros colocados de cada categoria (definida pela faixa etária). Ao todo, a XXVI Corrida de Reis tem 20 categorias, sendo dez no masculino e dez no feminino.

Para facilitar a organização e agilizar na hora de definir a colocação e o tempo dos atletas, a Corrida de Reis utiliza o chip eletrônico, equipamento colocado no tênis dos corredores e que registra a classificação no momento da chegada. O aparelho também evita fraudes no meio do percurso.

NOSSA OPINIÃO (VIVERDIFERENTE)

A inclusão tem avançado no que se refere as novas regras e normas da corrida, no entanto, a premiação oferecida demonstra que a desigualdade preconceituosa e descriminatória continua existindo e desvalorizando aqueles que apresentam alguma deficiência. Por que a premiação dos deficientes é inferior aos dos demais corredores?

HISTÓRIA DA PROVA

A Corrida de Reis foi realizada pela primeira vez em 1.985, organizada pela TV Centro América. O nome da prova surgiu em homenagem aos 3 Reis Magos (data religiosa comemorada no dia 6 de janeiro) e reunia nos primeiros anos da competição, uma média de 200 a 300 corredores – a maioria atletas de Mato Grosso.

Com o passar dos anos, a Corrida de Reis foi crescendo dentro do Estado e ganhando reconhecimento e espaço no calendário de atletismo na região Centro-Oeste e hoje, em nível nacional.

Hoje, vinte e seis anos depois da primeira prova, a Corrida de Reis é a prova de rua mais importante do Centro-oeste, reunindo atletas de nível nacional e internacional. A participação de corredores de vários estados brasileiros elevou o nível técnico da competição.

Quando a TV Centro América começou a premiar em dinheiro os três primeiros colocados, o número de inscrições aumentou ainda mais. Em 1.995, a prova bateu o recorde de inscritos, cerca de 2.000 corredores, 900 a mais que em 94. Desde 1.997, o número de inscritos foi fixado em 3 mil participantes, em 2005 e 2006 o número de participantes foi de 5.000 atletas, em 2007 o número de inscritos foi para 6.000 atletas, em 2008, 7.500 participantes e a partir de 2009, 10.000 inscritos são inscritos na prova.

A primeira Corrida de Reis realizada em 1.985, teve como vencedor Juarez Sabino e Jorilda Sabino. Na época, Jorilda tinha 14 anos e foi considerada a Cinderela Descalça, pois corria sem tênis. Atualmente, Jorilda Sabino ao lado da prima Nadir Sabino e de Viviane Anderson detêm o título de tetracampeãs da prova. No masculino o mineiro Amauri Ribeiro, e Daniel Lopes  detêm o título de tetracampeões da prova.

Um dos momentos mais delicados é a largada, que requer cuidado dos atletas profissionais que corriam ao lado dos amadores. Para evitar tumulto, a organização criou o pelotão de elite, formado pelos corredores melhores colocados na Corrida de Reis e nas provas de nível nacional.
A partir de 97, o pelotão de elite passou a ser composto por 100 atletas, 70 no masculino e 30 no feminino. 

Para 2009, serão 150 corredores na elite, sendo formado pelos 100 melhores colocados no masculino e 50 no feminino (da XXIV Corrida de Reis 2008), mais 50 atletas que comprovarem ter participado em outras corridas de nível nacional e internacional em 2008/2009 e ter se classificado entre os 10 primeiros colocados.

O PERCURSO

A Corrida de Reis tem um percurso de 10 quilômetros. A largada é próximo a Ponte Sérgio Motta, em Várzea Grande acompanhando o seguinte trajeto: Av. Beira Rio, Av. Tenente Coronel Duarte com chegada na Av. Historiador Rubens de Mendonça, em frente à Praça das Bandeiras. 

Em 25 anos de prova, o percurso da Corrida de Reis teve poucas mudanças. A primeira ocorreu em 1989. A linha de chegada que ficava na avenida do CPA, antes do viaduto da Miguel Sutil, passou para a avenida Marechal Deodoro no ano de 2004, em frente à TV Centro América, posteriormente teve sua chegada na avenida Mato Grosso e para 2009 a chegará será na Av. Historiador Rubens de Mendonça, em frente à Praça das Bandeiras. 

A largada também teve uma alteração, agora com a saída próximo a ponte Sérgio Mota.

No total, os corredores vão percorrer cinco avenidas. A primeira é a Av. Dr. Paraná, em Várzea Grande, depois de cruzarem a ponte Sérgio Mota, os corredores entram na avenida Beira Rio e em seguida na Ten. Coronel Duarte, conhecida como Prainha e daí seguem em frente pela Av. Historiador Rubens de Mendonça, onde estará a faixa de chegada.

PREMIAÇÃO

A premiação é uma das maiores das provas de rua do Brasil distribuída da seguinte forma:

CLASSIFICAÇÃO GERAL: 

     Masculino/Feminino
          1.º Lugar - Troféu + 1 carro 0Km
          2.º Lugar - Troféu + R$ 4.000,00 
          3.º Lugar - Troféu + R$ 2.500,00 
          4.º Lugar - Troféu + R$ 1.500,00 
          5.º Lugar - Troféu + R$ 1.000,00 

CLASSIFICAÇÃO - Categoria Especial

     Cadeirantes (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

     Deficiente Visual (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

     Deficiente Físico (feminino ou masculino)
          1.º Lugar - Troféu + R$600,00
          2.º Lugar - Troféu + R$400,00
          3.º Lugar - Troféu + R$300,00

PREMIAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA

Serão premiados os três primeiros lugares de cada faixa etária com medalhas. Além da premiação por medalhas, somente o primeiro colocado de cada faixa etária será premiado com a quantia de R$150,00, conforme abaixo:

Atletas masculinos
     A - entre 18 e 19 anos (1990 a 1991)
     B - entre 20 e 29 anos (1980 a 1989)
     C - entre 30 e 39 anos (1970 a 1979)
     D - entre 40 e 44 anos (1965 a 1969)
     E - entre 45 e 49 anos (1960 a 1964)
     F - entre 50 e 54 anos (1955 a 1959)
     G - entre 55 e 59 anos (1950 a 1954)
     H - entre 60 e 64 anos (1945 a 1965)
     I -  entre 65 e 75 anos (1934 a 1944)
     J - mais de 75 anos (nascidos até 1934) 

Atletas femininos
     K - entre 18 e 19 anos (1990 a 1991)
     L - entre 20 e 29 anos (1980 a 1989)
     M - entre 30 e 34 anos (1975 a 1979)
     N - entre 35 e 39 anos (1970 a 1974)
     O - entre 40 e 44 anos (1965 a 1969)
     P - entre 45 e 49 anos (1960 a 1964)
     Q - entre 50 e 54 anos (1955 a 1959)
     R - entre 55 e 59 anos (1950 a 1954)
     S - entre 60 e 69 anos (1940 a 1949)
     T - mais de 70 anos (nascidos até 1939)

TECNOLOGIA

A cada ano, a prova e a organização vêm se superando. A grande novidade foi o uso do chip eletrônico, que é instalado pela mesma equipe que trabalha na São Silvestre, Meia Maratona do Rio, Meia Maratona Internacional de São Paulo. 

Com o chip magnético, é possível agilizar a computação das informações para a classificação do atleta. O chip armazena todas as informações do atleta e evita fraudes e também dá o tempo de cada corredor.

CAMPEÕES

Conheça abaixo todos os campeões da Corrida de Reis:

     1985 – Jorilda Sabino e Juarez Sabino
     1986 – Jorilda Sabino e Tadeu Dias
     1987 – Jorilda Sabino e Amauri Ribeiro
     1988 – Jorilda Sabino e Amauri Ribeiro
     1989 – Nadir Sabino e Airton Miro
     1990 – Nadir Sabino e Amauri Ribeiro
     1991 – Cleuza Irineu e Amauri Ribeiro
     1992 – Nadir Sabino e João Neto
     1993 – Solange Cordeiro e João Neto
     1994 – Cleuza Irineu e João Neto
     1995 – Viviane de Oliveira e Tomix Alves
     1996 – Nadir Sabino e Daniel Lopes
     1997 – Viviane de Oliveira e Ronaldo da Costa
     1998 – Viviane de Oliveira e Adalberto Garcia
     1999 – Viviane de Oliveira e Valdenor dos Santos
     2000 – Fabiana Silva e Daniel Lopes
     2001 – Márcia Narloch e Daniel Lopes
     2002 – Maria Zeferina Baldaia e Valdenor Pereira dos Santos 
     2003 – Fabiana Cristine da Silva e Daniel Lopes
     2004 – Deborah Mengich e Benson Cherono
     2005 – Nadir Sabino e Rômulo Wagner da Silva
     2006 – Margaret Karie Toroitich e Rômulo Wagner da Silva
     2007 – Lucélia de Oliveira Peres e Clodoaldo Gomes da Silva
     2008 – Alice Jemeli Timbilili e Franck Caldeira
     2009 – Marco Joseph e Nancy Jepkosgei Kipron
     2010 – Marco Joseph e Kiproech Pasalia Chepkorir

RECORDES

Antes de oficializar a prova, o recordista da Corrida de Reis era Amauri Ribeiro com o tempo de 27’11”. No feminino o recorde da prova era de Viviane Oliveira, que em 95 fez o tempo de 34’28”.
Hoje, depois de oficializada pela Confederação Brasileira de Atletismo, em 97, a Corrida de Reis tem como recordista no masculino Valdenor Pereira dos Santos com o tempo de 29’29”(em 2002). No feminino, o recorde é de Maria Zeferina Baldaia, com o tempo de 34’15”(em 2002).
    
Mais informações:
corridadereis@tvca.com.br | (65) 3614-1790

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dia Mundial do Braille.





DIA MUNDIAL DO BRAILLE


O sistema Braille é utilizado por pessoas cegas para lerem e escreverem.



     Louis Braille



 Nome completo: Louis Braille

 Nascimento: 4 de Janeiro de 1809

 Coupvray, Île-de-France
 França
 Morte: 6 de janeiro de 1852 (43 anos)
 Paris, Île-de-France
 França
 Conhecido(a) por Criador do sistema de leitura para cegos Braille



Louis Braille (Coupvray, 4 de Janeiro de 1809 - Paris, 6 de Janeiro de 1852) foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille. 



Biografia

Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
 "Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa.
Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Excepto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças.
Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado.
Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon. 

O código Braille 
O nome "Louis Braille" em braille.Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras freqüentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
a  b  c  d  e  f  g  h  i  j
 As primeiras dez letras só usam os pontos das duas fileiras de cima. Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais,  precedidos pelo sinal de número, especial.
k  l  m  n  o  p  q  r  s  t
 As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada  uma das dez primeiras letras
u  v  x  y  z
 As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção porque foi acrescentada  posteriormente ao alfabeto francês.
As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais.
Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender.
Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.
O braille por extenso, ou grau um, só utiliza os sinais que representam o alfabeto e a pontuação, os números e alguns poucos sinais especiais de composição que são especifíos do sistema. Corresponde letra por letra, à impressão visual que é observável num texto comum. Este grau é o mais fácil de se aprender, visto que há menos sinais para memorizar. Por outro lado, o braille grau um é o mais lento para ser transcrito e lido, e o produto final, impresso, é mais volumoso. Visto que a maioria do braille produzido hoje é transcrito e produzido por voluntários, em organizações não lucrativas, o grau um é usado raramente.
O braille grau dois é uma forma mais abreviada do braille. Por exemplo, em inglês, cada um dos 26 sinais que representam o alfabeto têm um significado duplo. Se o sinal é usado em combinação com outros padrões dentro de uma palavra, representa apenas uma letra, mas se estiver isolado representa uma palavra comum. Isto ocorre similarmente no braille português. Assim, por exemplo, o sinal para n isolado representa não, abx representa abaixo, abt, absoluto, ag, alguém, e assim por diante. Outros sinais são empregues para representar prefixos e sufixos comuns. O uso de contracções e abreviaturas reduz bastante o tempo envolvido em transcrever e ler a matéria, bem como o tamanho do volume acabado. Actualmente, portanto, este é o grau mais comum do braille. Em contrapartida, é mais difícil aprender o braille abreviado grau dois. É necessário memorizar todos os 63 sinais diferentes (a maioria dos quais tem mais de um significado, dependendo de como são usados), mas também é preciso aprender o conjunto de regras necessárias que governam quando cada sinal pode ou não ser usado.
O grau três é uma forma de braille altamente abreviada, especialmente usada em inglês. No grau três há várias contracções e abreviaturas a memorizar, e as regras que governam o seu uso são correspondentemente difíceis. O braille grau três é usualmente utilizado em anotações científicas ou em outras matérias muito técnicas. Visto que bem poucos cegos conseguem ler este grau de braille, não é usado com frequência.
O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical.
O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.