sábado, 13 de agosto de 2011

Gaúchos dão exemplo

Gaúchos dão exemplo criando Manual de Redação Inclusiva

Uma criação da Assembléia Legislativa
Vejam Abaixo...

MÍDIA INCLUSIVA
O conceito de inclusão vem da ideia de que as pessoas nascem com
diferenças que se acentuam e se modificam. Não há diferenças melhores ou
diferenças piores. O que há é a diversidade humana. O uso de termos
adequados para a referência a pessoas com deficiência é fundamental para
não perpetuar conceitos equivocados ou obsoletos. O presente manual traz
dicas para qualificar a comunicação do Legislativo no que se refere à
abordagem da inclusão e das pessoas com deficiência.
Os termos portador de deficiência, portador de necessidades
especiais (PNE) e pessoa portadora de deficiência (PPD) não são os mais
adequados. No lugar deles, recomenda-se usar "pessoa com deficiência" ou
"PcD". A sigla PcD é invariável. Por exemplo: a PcD, as PcD, da PcD, das
PcD. Devemos, porém, evitar o uso de siglas para nos referirmos a seres
humanos. Também ao desdobrar a sigla, tenha cuidado com o plural:
pessoas com deficiência (e não pessoas com deficiências) – a não ser que
elas tenham, de fato, múltipla deficiência).
- Podemos usar "que tem deficiência" ou "que nasceu com deficiência".
- Ter uma deficiência não é o mesmo que estar doente, nem é sinônimo de
ineficiência.
- Preocupados em não discriminar, muitos profissionais de comunicação
superestimam as pessoas com deficiência. É importante manter em vista
que pessoas com deficiência continuam sendo, antes de tudo, pessoas.
Portanto, existem as más e as boas, as trabalhadoras e as preguiçosas, as
honestas e as desonestas.
- Não tenha receio em usar a palavra "deficiência". As deficiências são reais
e não há por que disfarçá-las.
- Também os termos "cegueira" e "surdez" podem ser usados.
- Entreviste as próprias pessoas com deficiência, não seus acompanhantes
ou especialistas.
- Evite explorar a imagem do coitadinho, da tragédia, da desgraça.
- Fuja da palavra "especial". Ela foi usada durante muito tempo como um
eufemismo, para "compensar" a deficiência. Ainda é usada quando se refere
à educação (necessidades educacionais especiais), mas, mesmo aí, é
preferível dizer "necessidades específicas".
- Tome cuidado com histórias de superação, heroísmo. Tente mostrar o
personagem como uma pessoa qualquer, use uma abordagem positiva, mas
sem ser piegas.
- Não reforce estereótipos como, por exemplo, trabalhadores com
deficiência são melhores e mais esforçados do que os trabalhadores sem
deficiência, chegam na hora, não faltam; pessoas com síndrome de Down
são anjos, ingênuos e carinhosos; funcionários cegos têm muita
sensibilidade etc.)

CUIDADO COM A CONOTAÇÃO
1. "Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'A pessoa com deficiência não
pode ser um ótimo aluno'. O mais apropriado seria: "Ele tem deficiência e é
um ótimo aluno."
2. "Ela é cega, mas mora sozinha."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'Todo cego não é capaz de
morar sozinho'. Em vez disso, diga: "Ela é cega e mora sozinha."
3. "Ela foi vítima de paralisia infantil."
Esta pessoa "teve poliomielite", "teve pólio" ou "teve paralisia infantil".
Enquanto estiver viva, ela tem sequela de poliomielite. A palavra "vítima"
provoca sentimento de piedade.
4. "Ela teve paralisia cerebral." (referindo-se a uma pessoa viva no presente)
A paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. Portanto, "ela
tem paralisia cerebral".
5. O epilético, o deficiente, o paralisado cerebral.
Em vez de "epilético", "deficiente" e "paralisado", use "pessoa com
epilepsia", "pessoa que tem epilepsia", "pessoa com deficiência", "pessoa
com paralisia cerebral". Prefira sempre destacar a palavra "pessoa", pois a
sua omissão pode fazer a pessoa inteira parecer deficiente.
6. - Não use para se referir a pessoas ou deficiências os termos ou
expressões defeituosa, excepcional, doença, erro genético, paralítico,
ceguinho, mudo, mongoloide, retardado, mutação, sofrer, anomalia,
problema, preso ou condenado a uma cadeira de rodas.

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